Em meio à polêmica entre ideológicos e pragmáticos no PSL catarinense, a direção estadual do partido realizou um gesto emblemático na preparação da legenda para as eleições do ano que vem. Todas as executivas municipais foram dissolvidas pelo presidente estadual, o deputado federal Fábio Schiochet.

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A intenção, diz o dirigente, é uniformizar a situação da sigla nas cidades – comissões provisórias que venceriam em outubro.

– Até para dar segurança aos presidentes municipais que vão ser possíveis candidatos a prefeito e vereador. Ele terão a segurança de continuarão com a composição das executivas durante o pleito – diz Schiochet.

Não há prazo para a definição das novas comissões responsáveis por tentar impulsionar uma nova Onda 17, desta vez espalhada pelos municípios catarinenses. Certamente, ela não vai escapar dessa disputa interna que hoje opõe o governador Carlos Moisés e os deputados estaduais Ana Campagnolo e Jessé Lopes – alvos da comissão de ética do PSL nacional pelas críticas ao primeiro.

Na definição dessas provisórias será possível vislumbrar o que esperar do PSL na disputa pelas prefeituras. O Estado será dividido de acordo com as áreas de influência dos quatro deputados federais e seis estaduais, além do governador – que terá palavra decisiva nas principais cidades.

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Há casos que vão exigir um pouco mais de acomodação – e, talvez, depuração. Em Joinville, por exemplo, o deputado federal Coronel Armando e o estadual Sargento Lima sentaram pela primeira vez para abrir uma conversa. A definição do candidato a prefeito passa por esse acerto – se ele for possível – e pelo aval de Moisés. Certo é que o 17 terá candidato. Em situação oposta, em Florianópolis – sem deputado estadual ou federal eleito pelo PSL – o PSL ainda aguarda pelo sim do coronel Araújo Gomes, atual comandante da Secretária Estadual de Segurança Pública.

Nesta etapa, o PSL contratou pesquisa para avaliar possíveis candidaturas em 61 cidades catarinenses. A ideia é avaliar o peso dessas alternativas, a aprovação e – especialmente, a rejeição aos nomes. Todos os parlamentares fizeram indicações para esse primeiro teste. Entre os deputados federal especulados para disputar prefeituras, o nome de Daniel Freitas está na pesquisa de Criciúma, enquanto o de Caroline de Toni não foi incluída na de Chapecó. Ela não teria interesse em deixar Brasília.