As definições de nomes e partidos que vêm fortes para as eleições municipais vão ganhar corpo apenas em março do ano que vem, quando abre a janela para troca de legenda dos vereadores. Mas, mesmo assim, as conversas de bastidor já fervilham. Em Florianópolis, movimentos importantes estão sendo realizados.

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Em busca de reeleição, o prefeito Gean Loureiro (MDB) trabalha por um cenário de 2020 não seja muito diferente daquele que lhe deu a vitória quatro anos atrás. Uma polarização com os Amin, esquerda dividida, outsiders pelo caminho. Há um dado que pode atrapalhar essa lógica: o PSL.

A onda 17 mudou a política estadual em 2018 com a eleição do governador Carlos Moisés (PSL) e fortes bancadas. A disputa municipal é fator importante de consolidação desse novo personagem no cenário, mas a urna não criou nomes naturais do partido na Capital. Uma possibilidade era o secretário Lucas Esmeraldino, presidente do PSL-SC e ex-vereador em Tubarão, assumir essa condição pela boa votação para senador em Florianópolis – primeiro lugar, à frente do eleito Esperidião Amin. Essa conversa esfriou.

Duas opções ganharam força e em ambas haveria simpatia de Moisés. Ao colunista Cacau Menezes, o governador disse que gostaria de ver o comandante-geral da Polícia Militar, Araújo Gomes, candidato. Seria uma opção de farda, mas há outra civil. Semana passada, o vereador Pedrão Silvestre (PP) foi convidado pelo secretário da Casa Civil, Douglas Borba, para filiar-se ao PSL.

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Pedrão ficou sensibilizado, especialmente pela simpatia que tem pelos primeiros atos da gestão Moisés. Vereador mais votado da história de Santa Catarina, com inacreditáveis 11.197 votos, ele perdeu espaço ao ficar fora da última eleição e afastou-se dos Amin ao decidir não apoiar João e Angela em suas campanhas de deputado estadual e federal. Há, outras opções no radar, como o PDT e o Podemos, além do próprio PP, se acertar os ponteiros com a família.