O novo PSB catarinense começa nesta terça-feira (18), com a primeira reunião da executiva estadual liderada pelo ex-suplente de vereador Adir Gentil. É a consumação do divórcio entre a direção nacional e as lideranças ligadas ao ex-deputado federal Paulo Bornhausen, que semana passada assumiram oficialmente o controle estadual do Podemos. A novela do rompimento, no entanto, ainda deve ter alguns capítulos.

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Em nota, o PSB estadual havia dito que mantém o litígio com os deputados estaduais Bruno Souza e Nazareno Martins – de quem pedem na Justiça os mandatos por infidelidade partidária. No entanto, dizia contar com a presença do deputado federal Rodrigo Coelho e do deputado estadual Laércio Schuster, que não se alinharam com Bornhausen na saída.

Na tarde de segunda-feira, Schuster afirmou não ter recebido o convite. Há duas semanas, ele conversou com o presidente nacional Carlos Siqueira tentando evitar a intervenção e capitanear a reconstrução do partido com as lideranças que decidiram ficar. Não teve sucesso.

Coelho, cujo mandato de deputado federal é a maior conquista do partido no Estado, também já se manifestara oficialmente contra a intervenção. Na segunda, a caminho de Brasília, disse que fora convidado poucas horas antes para a reunião desta terça-feira, através de uma mensagem de Whatsapp de um número que não reconheceu. Coelho admite que nas próximas semanas decide se também deixa o PSB.

No Podemos, os movimentos ainda são discretos. No fim da semana passada, dia 13, a nova executiva estadual do partido foi nomeada: o presidente é Waldemar Bornhausen, primo do ex-deputado. A partir dessa mudança, o partido do senador paranaense Álvaro Dias começa a ganhar musculatura no Estado. Um nome de peso na mira é o prefeito florianopolitano Gean Loureiro. Até isso, PSB e Podemos vão disputar.

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