Todas as atenções do meio político estarão esta semana concentradas em Porto Alegre, onde o desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4), deve analisar o pedido de Gean Loureiro (sem partido) para que seja revogada a decisão que o mantém afastado da prefeitura de Florianópolis. Se for mantida a posição, perde força a tese do prefeito de que as questões que pesam contra ele na investigação da Operação Chabu foram esclarecidas quando sua prisão foi revogada após prestar depoimento, terça-feira.
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Instada a se manifestar sobre o afastamento de Gean Loureiro, a PF pediu a manutenção de todas as restrições impostas ao prefeito, incluindo o afastamento do cargo por 30 dias. O parecer diz que “o acervo probatório indica a utilização indevida do cargo”. O indício mais forte da ligação de Gean com o grupo investigado é a intermediação para a mulher do policial rodoviário Marcelo Winter permancesse nomeada em cargo comissionado na Secretaria Estadual de Assistência Social. Antes da decisão de Leandro Paulsen, o Ministério Público Federal também vai se manifestar.
Enquanto isso, o vice-prefeito João Batista Nunes (PSDB) continua no cargo interinamente. É interessante que nas conversas sobre o projeto de reeleição de Gean, o tucano vinha sendo dado como carta fora do baralho. Nos bastidores, a vaga de vice do ex-emedebista vinha sendo disputada de forma mais ou menos aberta por nomes como os secretários Ed Pereira (PSB) e Everson Mendes (PSC), além do vereador Gabrielzinho (PSB). O prefeito dava sinais de que não pretendia contar nem com o atual vice e nem com seu partido, o PSDB – tão desgastado nacionalmente quando o MDB que Gean deixou no final de maio. Agora, se for mantido o afastamento, terá que contar com a lealdade de João Batista.
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