Com cinco deputados federais, os catarinenses do PMDB formam uma das maiores bancadas do partido na Câmara Federal. Com esse peso e o história da legenda no Estado, os parlamentares foram bater à porta do ministro Carlos Marun (PMDB-MS), da Secretaria de Governo, para pleitear a indicação de um representante do Estado no ministério do presidente Michel Temer (PMDB) a partir de abril – quando os candidatos deixam a Esplanada.
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Era noite de terça-feira. Estava lá os deputados Mauro Mariani, Rogério Peninha, Celso Maldaner e Valdir Colatto, além do senador Dário Berger. Queriam colocar na disputa pelo Ministério do Turismo o atual presidente da Embratur, o catarinense Vinicius Lummertz.
O ministro reagiu à presença de Mariani, persona non grata no Planalto após ter votado pela aceitação da denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Temer, em outubro do ano passado. Na época, a mudança de posição – embora o restante da bancada tenha permanecido fiel ao presidente – quase custou o cargo de Lummertz na Embratur. Líder do PMDB, Baleia Rossi (PMDB) nem quis participar do encontro – entendeu que Lummertz é indicado de Mariani e, além disso, tem outra indicação para a vaga.
A bancada apresentou argumentos a Marun. Alegaram o tamanho da bancada e sua quase total afinidade com o Planalto. Apontaram que o tema turismo tem extrema relação com Santa Catarina. Defenderam o trabalho de Lummertz na estatal como credencial. Lembraram que a última vez que um peemedebista catarinense foi ministro de Estado foi Luiz Henrique da Silveira, da Ciência e Tecnologia, nos longínquos anos 1980.
Tudo foi para o caderninho do ministro. Os deputados sabem que emplacar Lummertz no ministério não será tarefa fácil, não apenas pelos votos e posições de Mariani em relação à cúpula nacional do partido, dada à concorrência com outras bancadas peemedebistas. Os deputados catarinenses vão tentar ampliar o apoio a Lummertz com parlamentares de outros Estados.
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