Como não existe o impossível em política, pode-se dizer que está além do improvável a chance do prefeito Clésio Salvaro (PSDB) não conquistar a reeleição em Criciúma no próximo domingo. A quatro dias das eleições, o tucano apresenta uma vantagem de 40 pontos sobre a soma de todos adversários no novo levantamento do Instituto Paraná de Pesquisas, contratado pela NSC Comunicação.
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Veja os números do Paraná Pesquisas em Criciúma
Mais do que confirmar o favoritismo de Clésio Salvaro e a estabilidade do cenário político local em relação à pesquisa de outubro do mesmo instituto, os números indicam que nenhum dos outros seis postulantes à prefeitura de Criciúma conseguiu deslanchar como antagonista do tucano.
Clésio oscilou negativamente dentro da margem de erro de quatro pontos percentuais na pesquisa estimulada. Tinha 64,6% em outubro, agora está com 63,7%. Distantes, surgem três candidaturas que cresceram dentro da margem de erro. Anibal Dário (MDB) passou de 5,7% para 8,3%, enquanto Júlia Zanatta (PL) foi de 4,1% para 5,8% e Rodrigo Minotto (PDT) de 2,8% para 4,2%. Duas candidaturas recuaram, também dentro da margem de erro: Cosme Manique Barreto (Podemos) de 3,8% para 2,7% e Chico Balthazar (PT) de 3,6% para 2%. Professor Ederson (PSTU) oscilou de 0,7% para 0,9%.
Na matemática, Anibal está tecnicamente empatada com Júlia, que está em empate técnico com as demais candidaturas, à exceção do nome do PSTU. Assim, a disputa em Criciúma parece limitada ao segundo lugar. A pesquisa espontânea, aquela em que não são apresentados aos eleitores pesquisados os nomes dos candidatos, mostra o grau de consolidação do voto de Clésio Salvaro, que alcança 52,3%. Esses números mostram que o posto de anti-Clésio não se consolidou entre os criciumenses: 38,2% não souberam dizer em quem votariam antes que lhes fosse apresentada a cartela com os nomes dos candidatos – um número muito alto para este momento da campanha eleitoral. A soma da intenção de voto espontânea dos outros seis candidatos é de apenas 13,2%.
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Os números do Paraná Pesquisas mostram estabilidade no quesito rejeição, que continua liderada pela bolsonarista Júlia Zanatta (34,8%) e pelo petista Chico Balthazar (30,6%). Chama atenção a redução da rejeição a Salvaro, quase no limite da margem de erro, de 14,1% para 10,3% – números que fazem dele, numericamente, o candidato menos rejeitado entre os sete postulantes.
Aprovação da gestão Salvaro cresceu acima da margem de erro, efeito claro da campanha eleitoral. Em outubro, 67,2% dos eleitores pesquisados consideravam a gestão ótima ou boa. Agora são 72,3%. Os números que Salvaro apresenta no novo levantamento do Paraná Pesquisas, se confirmados nas urnas domingo, consolidam o atual prefeito como o maior fenômeno eleitoral da história recente de Criciúma. As últimas cinco eleições da maior cidade do Sul do Estado orbitaram em torno dele.
Em 2008 foi eleito prefeito com boa vantagem sobre os adversários. Em 2012, venceu a disputa, mas teve o registro cassado pela Justiça Eleitoral por ter sido enquadrado na Lei Ficha Limpa. A cassação levou à realização de uma eleição avulsa em 2013, quando apoiou o seu antigo vice-prefeito Márcio Búrigo (ex-PP, hoje PL), vitorioso com ampla vantagem. Há quatro anos, novamente candidato, teve 75,8% dos votos válidos e retornou à prefeitura. Não será surpresa se alcançar percentual semelhante no domingo.
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