Nas eleições de 2016, dois nomes despontaram como surpresas na urnas por votações históricas para vereador em Santa Catarina. Em Florianópolis, Pedrão Silvestre (PP) garantiu seu segundo mandato com 11.197 votos. Em Joinville, Fernando Krelling (PMDB) chegou à Câmara pela força de 10.523 eleitores.
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Antes deles, nunca alguém havia ultrapassado a barreira dos 10 mil votos na eleição de vereador em Santa Catarina. Na Capital, Pedrão pulverizou um recorde que persistia desde 1988, quando Angela Amin (PP) estreou nas urnas com 7,7 mil votos. Curiosamente, naquela eleição a pepista era candidata a prefeita – cargo que ocupou entre 1997 e 2004, além dos mandatos como deputada federal e duas candidaturas a governadora. Em Joinville, Krelling também deixou para trás a votação recorde de Patrício Destro (PSB) em 2008, quando o hoje deputado estadual fez 8,5 mil votos.
Os resultados alcançados por Pedrão e Krelling os colocam como nomes naturais para voos mais altos este ano, especialmente para os que clamam por renovação na política. Ambos são jovens – o pepista completa 31 anos em agosto e o peemedebista faz 36 em junho – bons de votos e criaram forte relação com seus eleitores através das redes sociais.
Pedrão ainda não decidiu se concorre em outubro. Parte de seu grupo de apoio defende que ele seja candidato a deputado federal para dar opção ao eleitor que busca renovação em Brasília. Outra parte, acredita que o jovem pepista vestirá o figurino da velha política se emendar eleição após eleição e que deve completar o mandato obtido com respaldo histórico. A longo prazo, o plano de Pedrão é a prefeitura da Capital.
Ao contrário do pepista, Krelling está decidido a concorrer. Inicialmente, almeja uma vaga na Assembleia Legislativa – o PMDB local não elege um deputado estadual desde 1994. No entanto, é incentivado a disputar uma vaga na Câmara dos Deputados. A estratégia do grupo ligado ao prefeito Udo Döhler (PMDB) é tentar atrapalhar a reeleição do deputado federal Marco Tebaldi (PSDB) e o projeto do deputado estadual Darci de Matos (PSD) de migrar para Brasília.
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Em Blumenau, terceiro maior colégio eleitoral do Estado, o vereador mais votado também vai encarar as urnas em outubro. Marcos da Rosa (DEM), 41 anos, não bateu o recorde do hoje deputado estadual Jean Kuhlmann (PSD), que fez 7,9 mil votos em 2004, mas conseguiu a proeza de ser o mais votado nas últimas duas eleições. Em 2012 e 2016, o demista recebeu votações na casa dos 5,5 mil votos. O plano é concorrer a deputado federal, de olho no cenário aberto pela possibilidade de que os deputados federais da cidade, Décio Lima (PT) e João Paulo Kleinübing (PSD), não disputem reeleição. Tem ao seu lado o engajamento do eleitor evangélico, através da Assembleia de Deus.