A Assembleia Legislativa deve ter um cronograma especial para a análise da reforma administrativa dentro do prazo do regime de urgência pedido pelo governo de Carlos Moisés (PSL). Na próxima terça-feira (09), o presidente da Comissão de Constituição de Justiça, Romildo Titon (MDB) deve colocar em votação a sugestão de Marcos Vieira (PSDB), que comanda a Comissão de Finanças, para que a tramitação seja conjunta.

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Com isso, a proposta seria analisada ao mesmo tempo nas duas principais comissões da Assembleia e também na de Trabalho e Serviço Público. O resultado seria um parecer conjunto. Pela proposta, as reuniões também seriam feitas conjuntamente – nos moldes da realizada na última terça-feira, quando o secretário de Administração, Jorge Tasca, fez uma apresentação sobre as mudanças e ouviu questionamentos dos parlamentares.

Dessa forma, a análise da reforma ganha tempo. Se for necessário esperar a conclusão dos trabalhos em cada comissão, perdem-se dias importantes entre uma reunião e outra. Na terça-feira, deputados como João Amin (PP) e Luiz Fernando Vampiro (MDB) chegaram a pedir a Tasca que levasse ao governo o pedido para que o governo retirasse o pedido de urgência – que prevê votação em plenário em até 45 dias.

O pedido não chegou a ir adiante, sepultado após conversa entre integrantes das comissões e o presidente Júlio Garcia (PSD). Foi daí que surgiu a sugestão de tramitação conjunta feita por Vieira. Nesta quarta-feira ficaram definidos quem serão os relatores da proposta nas comissões. Titon indicou o correligionário Vampiro para analisar o texto na CCJ, enquanto Vieira apontou Milton Hobus (PSD) na de Finanças – curiosamente, ambos fizeram fortes questionamentos à proposta no encontro com Tasca. Presidente da Comissão de Trabalho, Ana Paula da Silva (PDT) vai avocar a relatoria.

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