A Assembleia Legislativa instalou nesta terça-feira a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões de reais por parte do governo do Estado. Na composição, ficam claras as dificuldades que terá o governador Carlos Moisés (PSL): dos nove integrantes, seis são abertamente oposicionistas.
Continua depois da publicidade
A bancada do PSL, dominada na Assembleia Legislativa pelos dissidentes bolsonaristas, indicou Felipe Estevão e Sargento Lima. Líder da oposição e autor do pedido de CPI, Ivan Naatz está filiado ao PL, mas foi indicado na vaga do bloco formado pelo PV (seu antigo partido) com PP, PSB e Republicanos. O bloco também indicou João Amin (PP), que também vota contra o governo.
O tucano Marcos Vieira e o pessedista Milton Hobus, também de oposição, foram indicados pelo bloco composto por PSD, PSDB e PDT. Assim, ficou de fora da CPI a líder do governo, Paulinha (PDT). O MDB indicou dois nomes para a investigação: Moacir Sopelsa e Valdir Cobalchini. Os emedebistas terminaram o ano na base governista mas foram se afastando de Moisés nos últimos meses. Completa a comissão o deputado Fabiano da Luz (PT), que tem votado favoravelmente ao Centro Administrativo.
Por ser o deputado com mais mandatos, cabe a Sopelsa presidir a primeira reunião da CPI, ainda nesta terça-feira, para eleição de presidente e relator. Os oposicionistas se articulam para que Sargento Lima presida e Naatz relate a investigação.
Continua depois da publicidade