Congresso dos Prefeitos da Fecam está consolidado como palco para discussão dos problemas que cercam a gestão das cidades, mas também para discutir os rumos da política ano que vem
Congresso dos Prefeitos da Fecam está consolidado como palco para discussão dos problemas que cercam a gestão das cidades, mas também para discutir os rumos da política ano que vem (Foto: Mafalda Press / Divulgação)

Com representantes dos 295 municípios catarinenses, o Congresso dos Prefeitos da Fecam é consolidado um dos principais espaços para discussão dos problemas dos gestores e das cidades, mas também um grande palco para a conversa política. Desde terça-feira, o evento organizado pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam), reúne cerca de 2,5 mil participantes em São José.

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O peso político do evento pode ser resumido no expressivo painel realizado na tarde desta quarta-feira (25) com a presença do governador Carlos Moisés (PSL) e de Júlio Garcia (PSD) e Adircélio Moraes Junior, presidentes da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Contas do Estado, respectivamente – com mediação do presidente da Fecam, Joares Ponticelli (PP), prefeito de Tubarão. O procurador David do Espírito Santo representou o Ministério Público de Santa Catarina. Moisés confirmou de última hora, pressionado pela ausência na abertura do evento. Não chegou de mãos abanando – acompanhou a assinatura de contratos do BRDE com municípios para repasse no valor de R$ 82 milhões para 19 prefeituras.

O Congresso discutiu desde questões de impacto nacional, como o pacto federativo e a reforma tributária até a relação entre o MP-SC e os gestores municipais. É claro que as eleições do ano que vem, quando boa parte dos participantes deve encarar as urnas – ou apoiar aliados –, entraram na pauta.

O cenário para 2020 foi exposto no final da manhã desta quarta-feira (25), nas palestras do cientista político Alberto Carlos Almeida fez uma exposição sobre o comportamento do eleitor e os motivos que o levam a escolher um ou outro candidato – e como os candidatos devem se posicionar para conquistá-lo. Em seguida, o advogado Alessandro Abreu detalhou o que muda nas regras do jogo ano que vem, especialmente o fim da coligação para vereador e a rigidez que a Justiça Eleitoral deve adotar para coibir candidaturas laranja para completar a cota feminina de 30% nas chapas. Lembrou a recente decisão do Tribunal Superior Eleitoral em relação à cidade de Valença (BA) que cassou os mandatos de todos os eleitos de uma coligação que utilizou candidatas que não fizeram campanha efetiva.

A grande dúvida que fica e que só vai ser respondida ano que vem é a continuidade ou não da onda de renovação que marcou 2018 – e se o número 17 de PSL continuará sendo seu condutor. Por mais que a resposta só seja dada na abertura das urnas, algumas pistas já começam a aparecer pelo caminho.

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