A novela do PSB catarinense tem um de seus mais importantes capítulos no fim da tarde desta quinta-feira, quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC) começa a julgar a ação da legenda contra os deputados estaduais Bruno Souza (sem partido) e Nazareno Martins (ainda filiado) por infidelidade partidária. Os processos, em junho, tornaram litigioso o divórcio entre o grupo liderado pelo ex-deputado federal Paulo Bornhausen e a cúpula nacional comandada por Carlos Siqueira, de Pernambuco.
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O PSB nacional alega que Bruno e Nazareno forjaram desfiliações em acordo com a antiga direção estadual da sigla de forma a que não houvesse tempo para o novo comando pudesse requisitar os mandatos. O caso de Bruno é mais complicado porque houve efetivamente a desfiliação – cuja justa causa caberá a ele provar no processo. Em relação a Nazareno, a desfiliação foi feita pelo PSB-SC sem autorização prévia do parlamentar e não foi oficializada.
Se o TRE-SC decidir em favor da sigla, os beneficiados são os suplentes Claiton Salvaro e Patrício Destro, ambos ex-deputados estaduais que não lograram a reeleição ano passado. Ambos indicaram representantes para a executiva estadual presidida por Adir Gentil – interventor indicado por Siqueira -, mas perderam espaço em outubro, quando houve troca de nomes.
O divórcio das lideranças segue em outras frentes. O deputado federal Rodrigo Coelho, suspenso por ter votado a favor da reforma da previdência, anunciou esta semana que vai à Justiça para deixar a sigla, enquanto o deputado estadual Laércio Schüster aguarda para tomar medida semelhante. O destino de todos deve ser o Podemos – onde os aguarda Paulo Bornhausen.
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