Aristides Cimadon, reitor da Unoesc, ganhou pontos como candidato a ministro da Educação do governo Jair Bolsonaro, que o recebeu para uma conversa na tarde desta segunda-feira no Palácio do Planalto. O que falta para o catarinense de Campos Novos ocupar a pasta que não é comandada por um representante do Estado desde que Jorge Bornhausen foi ministro de José Sarney entre 1986 e 1987 é o que fulminou seus adversários: o aval da ala ideológica do governo federal.
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Os chamados olavistas – seguidores de Olavo de Carvalho – querem manter o discurso ideológico de guerra cultural que marcou a gestão de Abraham Weintraub, embora admitam que o sucessor possa ser mais discreto que o ex-ministro. O candidato dessa ala é o assessor especial de Weintraub, Sérgio Santanna. Essa resistência minou o convite ao secretário estadual de Educação do Paraná, Renato Feder, convidado e desconvidado, e ajudou a impedir a posse de Carlos Decotelli – indicado pela ala militar e questionado por erros no currículo.
O catarinense Cimadon é uma indicação do senador Jorginho Mello (PL), e encaixa na busca de Bolsonaro de um nome de perfil conservador e sugerido por integrantes do chamado Centrão. A conversa com Cidamon teria agradado Bolsonaro, mas o martelo ainda não está batido – especialmente por causa das restrições dos olavistas. Nomes ligados ao bolsonarismo na bancada catarinense trabalham para que os interesses possam ser conciliados. É disso que depende, hoje, a nomeação do catarinense para comandar o MEC.
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