1) 10 horas, Prefeitura de Blumenau: Napoleão Bernardes e Udo Döhler.

Há algumas semanas os prefeitos de Blumenau e Joinville estava acertando as agendas para esta conversa, consumada em um café da manhã oferecido pelo tucano Napoleão ao peemedebista Udo. Ambos trocaram figurinhas sobre a gestão das duas cidades e analisaram o quadro eleitoral. Apesar da diferença de idade de 40 anos entre eles (Udo tem 75, Napoleão tem 35), eles encontraram diversas semelhanças em seus momentos políticos. Os dois são vistos como nomes de renovação em relação às cúpulas das legendas, inclusive cotados para formar uma chapa. Ambos precisam renunciar em abril para concorrer sem ter garantia de que serão confirmados por seus partidos. Hoje, o tucano está mais propenso à renúncia, enquanto no caso de Udo as chances estariam em 50%. O importante é que saíram do encontro afinados.

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2) 12 horas, Assembleia Legislativa: Mauro Mariani e bancada do PMDB.

Deputado federal e presidente estadual do PMDB, Mariani tem sido discreto nos movimentos de sua pré-candidatura ao governo desde Eduardo Pinho Moreira assumiu o governo e o prefeito joinvilense Udo Döhler colocou-se no jogo sucessório. Ontem, no entanto, foi a vez dele de apresentar-se à bancada estadual do partido no tradicional almoço das terças-feiras – que teve a participação de Udo e Moreira nas últimas duas semanas. Mariani mostrou o entusiasmo de sempre e disse que vai levar seu nome até a convenção do PMDB, sem medo de disputa interna. Agradou os parlamentares ao anunciar que em abril uma comissão será instalada para negociar alianças com outros partidos – incluindo nomes das bancadas estadual, federal e a executiva do partido. O encontro teve um efeito colateral inesperado: alguns deputados cancelaram o jantar que teriam com Udo em Joinville na noite de ontem.

3) 14 horas, Casa d’Agronômica: Raimundo Colombo e Gelson Merisio.

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Uma conversa franca entre o governador licenciado e o pré-candidato do PSD ao governo vinha sendo ensaiada desde que Colombo voltou do giro pela Europa, há duas semanas. A linha é encerrar os rumores sobre intervenção nacional do PSD para fragilizar Merisio e empoderar os defensores do apoio a outro partido. Colombo garantiu não ter iniciado esse movimento e disse que é hora de pacificar o partido. Hoje, Merisio encontra Gilberto Kassab, líder nacional da sigla, para acertar os ponteiros. Com o senador Paulo Bauer (PSDB) chamuscado pela investigação do Ministério Público Federal sobre caixa 2 em 2014 e Udo Döhler isolado no PMDB, as chances do PSD apoiar outro partido enfraqueceram. Por isso, a ordem apagar os incêndios.