O governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) foi enquadrado em uma reunião na Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira. Na sala da presidência, com a presença de cerca de 30 parlamentares e dirigentes da Fiesc, da Fecomércio, do Sindicarnes e da CDL Florianópolis, além de Rodrigo Collaço e Sandro Neis, comandantes do Tribunal de Justiça e do Ministério Público, o emedebista ouviu o apelo por maior rigor das forças estaduais na desobstrução dos 179 pontos de bloqueio da greve dos caminheiros nas estradas de Santa Catarina.

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O governador foi chamado ao parlamento após a movimentação iniciada pela manhã na Comissão de Agricultura, quando o deputado Natalino Lazare (Podemos), presidente do órgão, trouxe mais uma vez os apelos do setor produtivo por uma posição mais enérgica para desobstruir vias e permitir a volta ao trabalho de quem já considera vitorioso o movimento – o que estaria acontecendo em outros Estados, como São Paulo. A reunião acabou sendo ampliada e isso levou à decisão de chamar Pinho Moreira.

No encontro, o grupo unificou o discurso de que a partir das medidas anunciadas pelo presidente Michel Temer (MDB) na noite de domingo e aceitas pelas entidades que formalmente representam os caminhoneiros, não se trata mais do movimento grevista original, mas de uma questão política, de uma agenda antissistema. Agora, seria o caso de colocar as forças estaduais para liberar os 179 pontos de bloqueio que ainda existiam no Estado na tarde de ontem e tentar retomar a normalidade. O governador, avalizado pelos demais poderes e entidades, prometeu maior firmeza.

– Agora, é a lei – disse Pinho Moreira.

A mudança de postura já vinha sendo tomada desde a manhã desta terça-feira, antes da reunião. Um vídeo de Pinho Moreira pedindo fim dos bloqueios foi gravado divulgado no início da tarde. (Correção: o texto original afirmava que o vídeo era posterior à reunião)

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