O catarinense Dário Berger (MDB) acompanhou as explicações do ministro Sérgio Moro, da Justiça, sobre o pacote anti-crime na quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. O emedebista foi relator da medida provisória que criou o Ministério da Segurança Pública no governo de Michel Temer (MDB) e pediu que o ministro explicasse a fusão das duas no atual governo de Jair Bolsanaro, a pedido de Moro.

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O ministro disse que as dúvidas do senador catarinense eram pertinentes, mas justificou a mudança dizendo que a ideia de criar uma pasta focada nas questões da segurança pública trouxeram alguns problemas pontuais. Citou atribuições que tem relação com a segurança, mas que haviam continuado vinculadas à Justiça – especificamente imigração e cooperação jurídica internacional. Também lembrou que a Secretaria Nacional Anti-Drogas também continuara vinculada à Justiça. Além disso, citou a transferência do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) da Fazenda para a Justiça como um reforço também para questões da segurança.

– O COAF é um órgão de inteligência, ninguém quer transformar em um órgão de investigação. Mas ali tem informações importantes sobre lavagem de dinheiro que vão orientar as ações de segurança pública – disse Moro.

O ministro também lembrou que a fusão das pastas possibilitou a extinção de cargos intermediários, como secretário-executivo.

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