As eleições 2020 atraíram apenas quatro deputados federais e quatro deputados estaduais para a disputa por vagas de prefeito e vice-prefeito em Santa Catarina. O número de oito parlamentares é igual ao de 2000, piso histórico de candidaturas desde a redemocratização, mas aponta uma tendência que já vinha das últimas duas eleições: poucos candidatos-parlamentares, pouquíssimos eleitos.
Continua depois da publicidade
> Quer receber notícias por WhatsApp? Inscreva-se aqui
Chama mais atenção ainda o pouco apetite pela disputa deste ano na Assembleia Legislativa. Serão quatro postulantes entre os 40 parlamentares – o menor número da história recente, considerando as eleições de 1988 em diante. As quatro candidaturas, todas as prefeito, são: Fernando Krelling (MDB), em Joinville, Ivan Naatz (PL) e Ricardo Alba (PSL), em Blumenau, e Rodrigo Minotto (PDT), em Criciúma.


Na bancada federal houve aumento em relação às últimas duas eleições, quando apenas dois deputados tentaram a sorte – sem sucesso. Este ano, quatro dos 16 parlamentares se propuseram a enfrentar essa tendência negativa: Angela Amin (PP), em Florianópolis; Carmen Zanotto (Cidadania), em Lages; Darci de Matos (PSD), em Joinville; e Pedro Uczai (PT), em Chapecó. O petista é postulante a uma vaga de vice-prefeito, enquanto os colegas de Brasília são cabeça-de-chapa em seus municípios.
Upiara: Mudança nas regras explica explosão de candidaturas a vereador em SC
Continua depois da publicidade
Se forem eleitos, os deputados-candidatos provocam alterações na composição da bancada federal em Brasília e na Alesc. Assim, são oito suplentes de olho no sucesso de suas candidaturas. Nomes como os das ex-deputadas estaduais Ana Paula Lima (PT) e Dirce Heiderscheidt (MDB) e do ex-prefeito de Florianópolis Cesar Souza Junior (PSD) podem ser beneficiados (veja no gráfico quem são os suplentes de todos os candidatos).
Anderson: 20 dos 23 vereadores buscam a reeleição em Florianópolis
Mas para isso será preciso muita torcida. A redução do número de deputados que concorrem a prefeito ou vice já se verificou em 2012 e 2016, quando nove nomes entraram na disputa – dois federais e sete estaduais em ambas as vezes. Mas o número que deve assustar os candidatos é o de eleitos. Em 2012 foram apenas dois (Cesar Junior em Florianópolis e Elizeu Mattos, do PMDB, em Lages) e nas eleição passada somente Gean Loureiro, deputado estadual pelo PMDB), em Florianópolis. teve sucesso.
Renato Igor: Deputados estaduais elogiam extintas secretarias regionais
Essa história já foi diferente, tanto em número de candidatos quanto de eleitos. Na história política contemporânea, o recorde de postulantes foi em 1996, quando cinco deputados federais e 13 deputados estaduais disputaram as eleições municipais. Dos 18 deputados-candidatos, seis venceram – incluindo nomes como os então deputados federais Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Leonel Pavan (à época no PDT), eleitos em Joinville e Balneário Camboriú e que anos mais tarde seriam governadores de Santa Catarina.
Na eleição anterior, 1992, eram 14 deputados-candidatos, mas o número de eleitos foi o maior da história: sete prefeitos, entre eles Eduardo Pinho Moreira (PMDB), em Criciúma, que também viria a ser governador do Estado anos depois. Mais recentemente, o melhor desempenho dos deputados-candidatos foi nas eleições de 2008. Na época, eram 15 – 5 federais e 10 estaduais – e foram eleitos cinco deles.
Continua depois da publicidade
















Receba os textos, lives, podcasts e comentários na tevê de Upiara Boschi no Telegram clicando no link: https://t.me/upiaransc.
Para receber no WhatsApp, é só clicar em https://bit.ly/3hJOi9y