Maior partido de Santa Catarina, o MDB continua indefinido sobre a sucessão de Mauro Mariani na presidência estadual do partido. Esse cenário nebuloso reflete o momento de um partido que sentiu o resultado nas urnas, aprofundou diferenças internas e vê lideranças mais jovens temendo a contaminação do 15 pelos escândalos nacionais e pelo longo período no poder em nível estadual.

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Um momento importante dessa definição estava prevista para terça-feira, quando a bancada do partido na Assembleia Legislativa esperava contar com a presença do senador Dário Berger tradicional almoço das terças-feiras. Diversas vezes convidado, ele vem adiando esse encontro porque sabe o prato que será servido: a exigência de que assuma de vez a condição de candidato a presidente estadual.

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Na metade do mandato de senador, ausente da última eleição politicida, Dário é o nome que sobrou para liderar um projeto estadual. O senador sabe disso, mas avalia com calma os cenários – quer aclamação, não pressão. Dário deve refugar o almoço mais uma vez, alegando compromisso na Comissão de Educação – que receberá o ministro Osmar Terra (MDB-RS), da Cidadania, em audiência pública.

Sem o senador, mais uma vez, a bancada pode começar a discutir o apoio a outro nome. O clima na bancada ainda é o do desconforto pela situação de Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa, ausentes das reuniões do grupo desde o episódio em que Mauro de Nadal foi escolhido para ser candidato a presidir a Assembleia.

Ambos ainda não voltaram aos encontros da bancada. Antes do Carnaval, teve início uma costura para que Cobalchini pudesse assumir a presidência estadual em um processo de pacificação partidária. A conversa não prosperou por resistências na bancada à postura do colega no episódio. Assim, surge a hipótese de que os sete emedebistas que ainda almoçam juntos indiquem um nome de renovação – é citado o estreante Fernando Krelling.

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