Muito antes da reforma trabalhista, a expressão “o acordado vale sobre o legislado” já se aplicava no mundo político. A morte de Aldo Schneider (MDB) provoca uma discussão que deve ir muito além sobre o que determina o regimento da Assembleia Legislativa no caso da morte do titular. Pela regra, assume o primeiro vice, Silvio Dreveck (PP). Mas o emedebista e o pepista foram eleitos em acordo de divisão de mandato, um ano para cada um, começando por Dreveck. A natureza desse acordo é que entra em discussão agora.

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Se era apenas entre os dois parlamentares, em costura feita por Gelson Merisio (PSD), ou um acerto entre as bancadas – e neste caso caberia ao MDB indicar o substituto de Aldo. Na quarta-feira, Valdir Cobalchini (MDB) foi conversar com Dreveck sobre o assunto. Deixou claro que o partido não tem nenhum reparo à condução da Alesc pelo pepista e que não pretende judicializar a questão. Mas enfatizou que o MDB sente que o acordo foi quebrado. Esse sentimento certamente voltará a tona quando forem celebrados futuros acordos pelo comando da Alesc. Lembrando que desde 2005 não há disputa no voto pela presidência do Legislativo estadual. Só acordos.