O horário eleitoral que começou na última sexta-feira começa a dar cara de campanha política à estes dias, mas outro importante fator também começa a aparecer para os candidatos: o dinheiro. De acordo com o site da Justiça Eleitoral, as duas coligações mais estruturadas já contam com recursos para a largada.
Continua depois da publicidade
Aliado a oito partidos, Mauro Mariani (MDB) lidera a arrecadação de recursos entre os candidatos a governador neste começo de campanha eleitoral. O emedebista já contabiliza R$ 5,57 milhões – equivalentes a 61,2% do que pode arrecadar no primeiro turno, que tem teto de R$ 9,1 milhões para todos os candidatos. Esse dinheiro veio quase totalmente de instâncias partidárias do MDB. Foram R$ 3,04 milhões do diretório estadual e R$ 2,5 milhões do diretório nacional, que têm como origem os fundos eleitoral e partidário.
A bordo de uma composição com mais 14 siglas, Gelson Merisio (PSD) está atrás de Mariani, mas também apresenta boas condições de largada. Arrecadou R$ 3,1 milhões até agora, quase totalmente direcionados pelo diretório estadual do PSD. O valor representa metade de tudo que o PSD nacional encaminhou ao Estado como fatia do fundo eleitoral.
O PT de Décio Lima ainda não registrou arrecadação até agora, assim como quase todos os demais candidatos a governador. Leonel Camasão, do PSOL, arrecadou R$ 122,3 mil até agora, também a maior parte através do diretório estadual do partido.
Na disputa pelo Senado, a situação é semelhante e até melhor – com os candidatos das maiores coligações apresentando alta arrecadação neste começo de campanha. A diferença é a maior generosidade das direções nacionais. No caso da disputa pelo Senado, o limite de gastos é de R$ 3,5 milhões. Muito perto desse teto já está Jorginho Mello (PR), aliado de Mariani, que lidera a arrecadação até agora. Ele conta com R$ 3,06 milhões – quase totalmente enviados pelo PR nacional. Colega na chapa, Paulo Bauer (PSDB) recebeu R$ 1,54 milhão – quase tudo via PSDB nacional.
Continua depois da publicidade
Na chapa de Merisio, Esperidião Amin (PP) é o candidato ao Senado com maior arrecadação inicial. Ele recebeu R$ 2,38 milhões – tudo enviado pelo PP nacional. Raimundo Colombo (PSD) é o único nas duas chapas que não recebeu recursos direto de Brasília e, talvez por isso, é o que apresenta menor volume inicial de recursos. O pessedista larga com R$ 803 mil, quase tudo encaminhado pelo diretório estadual do partido.
Os candidato do PT, Ideli Salvatti e Lédio Rosa, ainda não declararam recebimento de valores. Entre os demais postulantes, a maioria não tem arrecadação ou apresenta baixos valores.
Há dois anos, as eleições para prefeito e vereador foram as primeiras em que estavam proibidas as doações empresariais. Nas principais cidades, houve dificuldades iniciais de arrecadação mesmo no caso dos principais candidatos. O fundo eleitoral de R$ 1,7 bilhão foi criado para resolver essa questão. Ele já mostra que faz a diferença nas majoritárias – embora não tenha sobrado muito para as candidaturas proporcionais.
Veja como estava a arrecadação dos principais candidatos a governador e senador até a tarde de sexta-feira, dia 31 de agosto.
Continua depois da publicidade
Governo estadual
Gelson Merisio (PSD):
R$ 3,11 milhões – 99,4% de origem do PSD-SC
34,2% do limite de arrecadação
–
Mauro Mariani (MDB):
R$ 5,57 milhões – 54,7% do MDB-SC (R$ 3,04 milhões) e 44,8% do MDB nacional (R$ 2,5 milhão)
61,2% do limite de arrecadação
–
Décio Lima (PT):
Nada registrado ainda
Senado
Esperidião Amin (PP):
R$ 2,38 milhões – 100% do PP nacional
68% do limite de arrecadação
–
Raimundo Colombo (PSD):
R$ 803,1 mil – 99,6% do PSD-SC
22,9% do limite de arrecadação
–
Paulo Bauer (PSDB):
R$ 1,54 milhão – 97% do PSDB nacional (1,5 milhão) e 2,7% do PSDB-SC (42,3 mil)
44% do limite de arrecadação
–
Jorginho Mello (PR):
R$ 3,06 milhões – 97,8% do PR nacional (3 milhões)
87,4% do limite de arrecadação
–
Ideli Salvatti e Lédio Rosa (PT)
Sem declaração