Presidente estadual do MDB, o deputado federal Celso Maldaner tem uma meta ousada para o partido ano que vem: eleger 120 prefeitos. Nem no auge político do partido nos governos de Luiz Henrique da Silveira ou na composição com Raimundo Colombo (PSD) a legenda alcançou esse número. Hoje, o MDB tem o maior número de prefeituras do Estado – são 102. Como conseguir esse recorde com o partido fora da máquina do governo estadual e desgastado nacionalmente?

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– Pode confiar no meu taco – diz Maldaner, em entrevista exclusiva que aborda também a relação com PSL do governador Carlos Moisés e os nomes do partido para o governo em 2022.

Leia a entrevista:

O que o senhor projeta para o MDB-SC em 2020?

Temos uma programação e um planejamento que não abrimos mão. Agora, dia 6 de janeiro vamos reunir em Capinzal todos os cinco coordenadores regionais de Lages a Dionísio Cerqueira. Vamos reunir os pré-candidatos a prefeito e os coordenadores de todo o Grande Oeste. Dia 7 de março vai ser em Gaspar, onde reúne o Sul do Estado, o Norte, Florianópolis e o Vale. Temos uma meta traçada e não abrimos mão da meta:

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o MDB tem que ser o grande protagonista das eleições municipais ano que vem. A meta é eleger 120 prefeitos, 90 vices e mil vereadores.

Nesses dois dias de trabalho serão cobrados o pontos fracos, fortes, ameaças, oportunidades. É um trabalho planejado, tem que dar certo.

O que me chama atenção nessas metas é que esse número de prefeituras não foi alcançado nem no auge do partido no governo do Estado com Luiz Henrique ou na composição com Raimundo Colombo (PSD). Com o partido oficialmente fora do governo hoje, essa meta é alcançável?

Onde se é oposição é mais fácil eleger do que onde é governo. A motivação, o entusiasmo, onde vocês está na oposição é outra.

Não é a máquina pública que elege prefeito, é organização, é planejamento.

Fica tranquilo, pode confiar no meu taco que vai dar certo.

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Hoje a relação entre o MDB e o governo Carlos Moisés (PSL) é muito próxima, especialmente na Assembleia Legislativa. O PSL pode ser um parceiro do MDB na eleição municipal?

Com certeza. Nós somos um partido independente. O que é bom para Santa Catarina, somos a favor. Assim também é no governo Jair Bolsonaro, no que é bom para o Brasil o MDB não falha. O MDB é um partido de centro, equilibrado, que tem alto grau de racionalidade. Em tudo que é bom para o Brasil e para Santa Catarina somos protagonistas.

Temos um diálogo muito próximo com o governo Moisés. Onde eles puderem nos apoiar, vão nos apoiar, com certeza.

MDB e PSL podem estar juntos em Florianópolis?

Tudo indica que sim. Não só na Capital. Poderia te dar uma relação muito grande de municípios em que já sentamos e conversamos.

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Capital, Joinville…

Várias cidades, cidades importantes de Santa Catarina.

Quais as grandes apostas do MDB nas maiores cidades ano que vem?

Claro que hoje temos mais facilidade em Joinville (deputado estadual Fernando Krelling deve ser candidato), Jaraguá do Sul e Itajaí (candidaturas à reeleição de Antídio Lunelli e Volnei Morastoni. Repete as três (cidades em que o MDB ganhou em 2016). Estamos tentando Chapecó no lugar de Florianópolis (onde Gean Loureiro foi eleito pelo MDB, mas deixou o partido). Chapecó está bem encaminhada a candidatura do (vereador) Cleiton Fossá. Vai ser a grande surpresa da eleição ano que vem.

O senhor venceu o senador Dário Berger na disputa interna pela presidência estadual do MDB. Na época, ficou no ar a possibilidade dele deixar o partido, depois as coisas foram se equacionando. Como está a relação do senador com o partido?

Melhor, impossível. O Dário é um parceiro do MDB, participou com a gente do encontro dos prefeitos em Porto Belo (no final de novembro). Com certeza em 2020 ele vai para a estrada também.

O Dário jamais vai sair do MDB.

O MDB vai ter candidato a governador em 2022?

100%. Dário Berger é um nome. Antídio Lunelli é um nome. Udo Döhler pode ser um nome. Assim vai, o partido tem vários nomes. O primeiro da lista é o Dário.

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E apoiar a reeleição de Moisés?

Isso não existe. O MDB vai ser protagonista.

Um partido com mais de 100 prefeitos, não vai ter candidato a governador? Isso não existe. Mas não se fala em 2022 agora, nossa prioridade é 2020. É proibido falar em sucessão estadual agora.