Quem acompanha o quadro pré-eleitoral de Florianópolis deve reparar com atenção nos movimentos da dupla de vereadores Pedrão Silvestre (PP) e Vanderlei Farias (PDT). São fortes os sinais de que a dupla vai intensificar a atuação conjunta visando um projeto comum nas eleições do ano que vem – e, até mesmo, uma chapa de prefeito e vice.

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Ontem, a dupla foi a Brasília levando pautas importantes da cidade para deputados e senadores. Com o senador Dário Berger (MDB), encontraram o representante do Comando da Aeronáutica, Coronel João Jaime Martins, a quem foram solicitar a liberação do acesso aos bairros da Tapera e Ribeirão, no Sul da Ilha, via Base Aérea – uma demanda antiga de quem precisa circular pela região. O senador e os vereadores também cobraram a conclusão da obra de construção do Hospital da Força Aérea Brasileira, localizado na base militar da Capital, parada há anos, com a possibilidade de gestão compartilhada entre Município, Estado e União para atendimento à comunidade.

Além de Dário Berger, que se comprometeu a abraçar os temas, Pedrão e Lela – como é conhecido o pedetista – encontraram também os senadores Esperidião Amin (PP) e Jorginho Mello (PL), a deputada federal Angela Amin (PP) e o ex-deputado federal João Paulo Kleinübing (DEM). Uma foto da turma toda rapidamente foi para as redes sociais do pedetista. Um acordo de alianças que, por incrível que pareça, não é tão impossível como já foi um dia.

Pedrão é o vereador mais votado da história de Santa Catarina, marca alcançada em 2016. Lela foi vereador de oposição ao ex-prefeito Cesar Souza Junior (PSD) e permaneceu nesse campo ao romper com o prefeito Gean Loureiro (sem partido) logo no primeiro mês de gestão. Juntos, ocupariam uma faixa junto ao eleitorado de centro-esquerda.

O tabuleiro pré-eleitoral da Capital tem muitos espaços a serem ocupados, mas o jogo vai tomando forma. Gean escolhe um partido de centro no final do ano, possivelmente o Podemos, e monta uma forte chapa de candidatos a vereador. PSL (coronel Araújo Gomes) e Novo tentam apresentar-se no campo da direita e/ou antipolítica tradicional. Pela esquerda, uma frente com PSOL, PT, PCdoB e outros deve endossar a terceira candidatura do professor Elson Pereira (PSOL). Na mesma trincheira de Pedrão, o deputado estadual João Amin (PP) também tentará se viabilizar no jogo – o acordo dos progressista, por enquanto, é que quem estiver em melhores condições no início do ano que vem será o candidato.

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