— Eu sei que estou monossilábico, mas logo estarei polissilábico — brincou Júlio Garcia após exatos 3 minutos e 20 segundos de conversa por telefone.

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Quando se trata do ex-deputado estadual e conselheiro do TCE, até os silêncios podem ser eloquentes. Tido como principal articulador da reconstrução da aliança entre PSD, PMDB e PSDB para as eleições de outubro, Júlio Garcia vem trabalhando em silêncio. No telefonema, a primeira pergunta foi se ele já havia definido sua filiação para concorrer nas eleições de outubro.

— Ainda não, mas certamente será antes de 7 de abril — disse, referindo-se à data limite para filiações.

Depois, quis saber se a opções eram o PSD e o DEM.

— Não posso afunilar assim agora.

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E sobre a movimentação do pré-candidato Gelson Merisio (PSD) em direção a Esperidião Amin, ontem também lançado pré-candidato pelo PP, em uma costura que parece fazer com que um seja o plano B do outro, fiz a pergunta para breve resposta.

— Não vi essa movimentação.

No final do ano passado, Garcia lançou o deputado federal João Rodrigues (PSD) como pré-candidato ao governo, gerando uma disputa interna no PSD com Merisio. Como fica esse projeto com a prisão do parlamentar? Nessa, ele foi um pouco menos monossilábico.

— João tem um problema que tirou ele do cenário. Era nossa aposta e de muitas lideranças, mas esse projeto está suspenso por motivos óbvios.

Perguntei, então, se tinha plano B para esse projeto.

— Ainda é muito cedo.

Quis saber, em seguida, se houve alguma reaproximação com Merisio.

— Nem reaproximação, nem distanciamento.

E o governador em exercício Eduardo Pinho Moreira (PMDB) pode ser uma opção para a aliança?

— Ainda é muito cedo, ele recém-assumiu o governo.

Quis saber como ele avaliou esses primeiros 10 dias peemedebistas.

— Tomou medidas acertadas.

Agradeci pela breve conversa e desliguei o telefone. Imagine, leitor, como será quando Júlio Garcia estiver com vontade de falar.

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