Quem assume a prefeitura das maiores cidades do Estado torna-se imediatamente personagem do primeiro time da política catarinense. Semana passada, estive em Blumenau e tomei um café com o prefeito Mário Hildebrandt (PSB) – há 20 dias no cargo, após a renúncia de Napoleão Bernardes (PSDB) para concorrer às eleições.

Ex-secretário municipal de Assistência Social, ex-vereador, ex-presidente da Câmara, pessebista tem peso político para função, ponto que ajudou na decisão do tucano de deixar a prefeitura menos de um ano e meio após a reeleição. Hildebrant diz que está 100% engajado no projeto que Napoleão assumir e que já está acertado sobre isso com o presidente estadual do PSB, o ex-deputado Paulo Bornhausen. O novo prefeito admite que no cenário atual dificilmente tucanos e pessebistas estarão no mesmo palanque em primeiro turno. O PSB é uma das legendas atreladas ao projeto da pré-candidatura de Gelson Merisio (PSD) ao governo estadual. Segundo Hildebrant, foi esse entendimento com Bornhausen que o manteve no partido – apesar do convite para migrar para o PSDB. A recusa levou o presidente estadual dos tucanos, Marcos Vieira, a nem aparecer na festa da renúncia de Napoleão.

O prefeito garante estar dentro do projeto de longo prazo do PSB, que ele chama, em tom de brincadeira, de “Partido Social do Bornhausen”. Sobre as questões nacionais do partido, ainda não tem posição sobre a possível candidatura de Joaquim Barbosa à presidência, mas comemora o fato de que ela afasta a possibilidade de a legenda aproximar-se do PT – como desejam os governadores do Nordeste.

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