A escalada de Fernando Haddad (PT) ao segundo lugar nas pesquisas eleitorais foi um dos principais destaques da política na semana que passou. Identificado como real candidato presidencial petista, o ex-prefeito paulistano parece ocupar o espaço que era do ex-presidente Lula – indicando um segundo turno com Jair Bolsonaro. A passagem por Santa Catarina na última terça-feira pegou o momento mais forte dessa ascenção.

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Foi nesse tom de euforia petista que ele falou à imprensa e, logo depois, liderou um comício em frente à icônica paisagem da Catedral Metropolitana. Entre um momento e outro, conversei com o candidato por cinco minutos. Na apressada conversa, Haddad deixou claro como o PT vê o conflagrado cenário político.

Segundo ele, não há nenhuma contribuição dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff no envenenamento da sociedade que gerou esse campanha marcada pelo ódio político aos adversários. O antipetismo não nasceu da sociedade, mas de manipulação dos grandes meios de comunicação. A Operação Lava-Jato, diz Haddad, será fortalecida, mas serão reduzidos os benefícios aos delatores.

Incumbido de substituir Lula e assumir-se como mais um poste eleitoral do ex-presidente, Haddad assumiu o uniforme de candidato. Não espere encontrar nas falas do candidato os argumentos anteriores em que apontava os erros do governo Dilma, por exemplo. Agora é hora de mistificar, o Brasil feliz de novo, etc.

Leia a entrevista com Fernando Haddad

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