O prefeito Gean Loureiro fechou a segunda-feira (24) com uma boa notícia. A decisão do desembargador Leandro Paulsen, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de revogar seu afastamento do cargo ajuda a construir junto à opinião pública a tese de que a Polícia Federal (PF) exagerou nas medidas que tomou na deflagração da Operação Chabu. Essa é o que ele tenta emplacar desde que foi solto após a rápida prisão da terça-feira passada.
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A expectativa era grande durante toda a segunda-feira. A Polícia Federal havia pedido ainda na semana passada a continuidade das medidas cautelares contra o prefeito, incluindo o afastamento por 30 dias do cargo. Ontem mesmo, foi a vez do Ministério Público Federal (MPF) opinar pela revogação – alegando que não havia no atual estágio do processo elementos que apontassem a necessidade de manter o prefeito fora do cargo.
O desembargador Leandro Paulsen inclinou-se pela avaliação do MPF ao embasar sua decisão, ao apontar que “nenhum novo elemento surgiu, por enquanto, no sentido de que haveria risco na recondução do prefeito ao cargo que ocupa”.
Para Gean Loureiro, tão ou mais importante do que a revogação do afastamento foi a rapidez da decisão – ainda no primeiro dia útil após o feriado prolongado. Cada dia a mais ostentando a condição de “prefeito afastado” dificultava a operação desencadeada semana passada para conter os danos políticos causados pela Operação Chabu.
Do que se soube até agora na investigação, o maior indício de vínculo do prefeito com a suposta quadrilha de arapongas é a troca de mensagens com a ex-secretária estadual Romanna Remor intercedendo por uma nomeação. Não fosse isso, talvez o ex-emedebista não tivesse passado por tudo que passou. Se for só isso, pode sobreviver ao episódio. A bola está com a PF.
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