Não é de hoje que Santa Catarina é um Estado que se sente injustiçado pela União. Com a sétima maior economia entre as unidades da federação, apesar de contar com pouco mais de 3% de população e ser apenas o 20º em extensão territorial, os catarinenses fazem valer sua força na hora de contribuir com arrecadação federal, mas ficam para trás quando pesa a política.
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Esse sentimento de que o Estado recebe menos do que paga – comprovável em números ano a ano – foi mola propulsora para que os eleitores catarinenses embarcassem com força nas últimas duas grandes ondas políticas nacionais. Em 2002, quando a mudança vestia vermelho e estava personificada em Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e deram a ele a maior votação proporcional em primeiro turno. Passados 16 anos, quando os ventos da mudança sopraram para a direita e elegeram Jair Bolsonaro (PSL), o Estado contribuiu com 75% de seus votos válidos. A esperança mudou de rumo e de nome, mas muito do que se cobrava de Brasília continua na pauta – exemplifico nas duplicações das BRs 282, 470 e 282, mas a lista é longa.
Força política, unidade de pautas, representação, a voz do Estado na Capital federal, esses temas estavam na agenda do jantar promovido pela NSC Comunicação com autoridades e representantes de Santa Catarina na noite desta terça-feira em Brasília. É a segunda fase do Projeto SC Ainda Melhor, que guiou a cobertura dos veículos da NSC nas eleições do ano passado. Uma fase ainda mais importante, porque é hora de alinhar forças entre a sociedade e os eleitos. SC sozinha foi responsável por 5% dos votos que Bolsonaro recebeu no segundo turno da disputa presidencial. Um percentual que gera expectativa de que a dívida da União com o Estado possa ser amortizada de forma mais célere.
Geografia
A bancada estadual do MDB lançou Fernando Krelling para a presidência da sigla. Deputado estadual apartado da bancada, Valdir Cobalchini, costura para chegar ao cargo. Em Brasília, o deputado federal Celso Maldaner se mantém no jogo. Nome considerado natural para a vaga, o senador Dário Berger não parece disposto.
De saída
O fim do ciclo de Gelson Merisio na presidência do PSD de SC está prestes de ser confirmado.
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Uma resolução nacional do partido determina que não haja convenção no meio do ano para partidos que reduziram a votação na última eleição como foi o caso do PSD. Sendo assim, o grupo de Júlio Garcia e Raimundo Colombo deve tomar conta do partido com a benção de Gilberto Kassab, presidente nacional. Merísio deve bater em retirada.
Emplacou
A deputada federal Geovânia de Sá (PSDB) comemorou nesta terça-feira a aprovação de seu projeto de lei para que filhos de mulheres vítimas de violência doméstica tenham prioridade de vaga na escola mais perto de suas casas.