Entre os diversos nomes que solicitaram licença de cargos no governo estadual para continuarem aptos a concorrer nas eleições de outubro, um chama atenção: o ex-governador Paulo Afonso Vieira (PMDB), fiscal na Secretaria da Fazenda. O peemedebista quer disputar uma vaga no Senado e diz que vai lutar pela indicação na convenção do partido.
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– A minha pretensão é uma vaga ao Senado que o PMDB provavelmente terá. Ou, de qualquer maneira, eu vou brigar para que tenha – afirmou o ex-governador.
Paulo Afonso participou dos 36 encontros regionais que o PMDB realizou ano passado e se sentiu estimulado a voltar ao jogo eleitoral. Ele diz que pretende encontrar lideranças do partido para comunicar seu desejo de concorrer e explicar seu projeto. Na próxima semana, tem encontros agendados com o governador Eduardo Pinho Moreira e o presidente da Assembleia, Aldo Schneider, e quer conversar com o deputado federal Mauro Mariani e o senador Dário Berger.
– Acho que meu nome traz uma alegria muito forte a uma companheirada do PMDB enorme por aí afora. No sentido de um resgate do discurso do partido, hoje tão confuso. Ninguém sabe se o PMDB virou um partido de direita. Eu, não – diz.
Paulo Afonso não disputa eleições desde 2002, quando elegeu-se deputado federal. Foi governador entre 1995 e 1998, em uma gestão marcada pelo processo de impeachment na Assembleia Legislativa em que era questionada a operação financeira realizada com emissão de Letras do Tesouro. O peemedebista escapou da cassação por apenas dois votos. Em 1998, disputou a reeleição e foi derrotado por Esperidião Amin (PP) em primeiro turno. Ele diz que não temer questionamentos acerca do tema.
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– Estou preparadíssimo. Sobre as Letras , eu tenho a circunstância factual de que fui absolvido em todo o processo criminal, em todas as instâncias. Não me furto de conversar, mas também vou conversar com dureza. Quem vier de onda, vai levar canelada. Tenho muita razão para sustentar minha posição.