Um abraço no colega senador Nelsinho Trad (PTB-MS) colocou o catarinense Esperidião Amin (PP) em quarentena por suspeita de contaminação pelo coronavírus. No Cabeça de Político desta semana, o pepista conta essa experiência que viveu com a mulher e deputada federal Angela Amin (PP) e dos cuidados em casa neste momento de isolamento social imposto pelo governador Carlos Moisés (PSL) como medida contra a proliferação do vírus. Amin vê exageros nas medidas, que considera "viáveis no papel, no laboratório e na cabeça de quem administra, mas não na prática" e defende que o isolamento tenha como foco as pessoas mais idosas, principal grupo de risco do Covid-19. Nessa medida, se alinha ao presidente Jair Bolsonaro ao ver exageros em medidas tomadas por governadores.

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Amin também defende o presidente no polêmico artigo da MP 279 que permitia aos empregadores suspenderem os contratos de trabalho por até quatro meses sem pagamento de salários – medida retirada do texto por Bolsonaro poucas horas depois.

– Quem ia assinar, em sã consciência, um texto dizendo que o trabalhar ia ficar no limbo? – questiona, apontando que foi o Congresso quem fez Bolsonaro perceber o erro.

Foi nesse ponto que Amin lembrou a atuação como governador nas enchentes de 1983 e destacou que na época foi construído com o setor produtivo e entidades representativas dos trabalhadores um pacto de não-demissão – prerrogativa para concessão de benefícios do Estado para reativar a economia. Ele acredita que é possível construir um pacto nesses moldes.

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Amin também defendeu que as eleições deste ano sejam adiadas para 2021 e que todos os recursos do fundo eleitoral e os que seriam gastos no dia da votação em outubro, além de parte do orçamento da Justiça Eleitoral, sejam direcionados à saúde este ano. É veementemente contra, no entanto, a prorrogação do mandato dos atuais eleitos. Acredita que a disputa ano que vem poderia ser feita sem o fundo eleitoral, com barateamento das campanhas – "uma eleição pós-franciscana", brincou.

Ele também comentou a afirmação do senador Dário Berger (MDB), adversário em diversas disputas eleitorais, que admitiu a possibilidade de compor politicamente com a família Amin em Florianópolis. O pepista disse que o cenário é plausível e que Dário mostrou grandeza ao votar nele para presidente do Senado em 2019 – "um adversário, mas que também representa Santa Catarina. Sob esse aspecto, ele é credor".

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