A decisão do prefeito Gean Loureiro (DEM) de mudar de parceiro na chapa de sua candidatura à reeleição na Capital fez do PSDB a legenda mais disputada na reta final das convenções para as eleições em Florianópolis. Os tucanos devem decidir nas próximas horas se continuam no projeto do demista, se migram para a provável adversária Angela Amin (PP) ou se partem para projeto próprio liderado pelo atual vice-prefeito João Batista Nunes.
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O impasse está armando desde que Gean decidiu, sexta-feira, que seu companheiro de chapa nas eleições de novembro será o empresário Topázio Silveira Neto (Republicanos), após uma arrastada disputa interna pela vaga que contava com nomes de todos os partidos da coligação governista, inclusive João Batista. No mesmo dia, a decisão do prefeito recebeu críticas do deputado estadual e presidente municipal do PSDB, Marcos Vieira, e do próprio vice-prefeito.
Desde então, foram abertas as conversas com Angela Amin, que busca aliados para concorrer novamente à prefeitura – eleita em 1996 e 2000, a deputada federal disputou o segundo turno contra Gean em 2016, quando foi derrotada por 1.153 votos. A progressista está próxima de fechar aliança com o adversário histórico MDB, partido pelo qual o atual prefeito se elegeu na eleição passada.
A oferta de Angela ao PSDB é a vaga negada por Gean: a candidatura a vice-prefeito. O nome seria o do próprio João Batista. No entanto, essa equação enfrenta resistência interna entre os pré-candidatos a vereador do PSDB – boa parte deles colocados na chapa pelo próprio prefeito.
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Os três vereadores (Edinho Lemos, Renato da Farmácia e Ed Pereira) e mais quatro suplentes, todos postulantes a vagas nas eleições deste anos, assinaram nota em que “não existe hipótese de apoiar candidaturas de oposição ao atual governo”. Eles lembram que “todos os sete, que em algum momento assumiram um mandato na Câmara de Florianópolis neste legislatura, consideram incoerente apoiar uma opositora do governo Gean, já que todos eles fizeram parte do executivo entre 2017 até agora”.
Diante do impasse, cresceu a opção por lançar João Batista como candidato a prefeito – hipótese que teria respaldo nos diretórios estadual e nacional da sigla.
– Existe um apelo pela candidatura própria, assim como um grupo que quer continuar com Gean e outros que preferem Angela Amin. O prefeito fez essa opção pela mudança do vice e as urnas vão dizer se acertou ou errou – afirma João Batista.
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