Brincadeiras à parte – e elas foram muitas nas redes sociais -, o primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República, realizado na noite de quinta-feira pela Band, traz algumas impressões sobre a campanha eleitoral que começa.
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Desemprego e economia dominam primeiro debate presidencial na TV
1) Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin (PSDB) entraram como saíram. Vantagem para Bolsonaro, que vai derrubando a ideia de que seria desmontado em sabatinas e debates. Não está sendo.
2) Não houve um vencedor.
3) Se houvesse um vencedor, seria Ciro Gomes (PDT). Ele soltou e repetiu uma ideia de compreensão fácil e apelo popular: limpar o nome na praça. Tirando os memes, o que restou do debate no dia seguinte são os questionamentos sobre como ele vai fazer isso, se é possível ou não, se é demagogia ou não. Ou seja, instigou.
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4) Fazer uma correção decente do dinheiro do trabalhador no FGTS, proposta dita e repetida por Alckmin, teria um bom apelo popular também. Mas Alckmin precisa aprender a dizer isso sem dizer que vai substituir a TR pela TLP.
5) Porte presidenciável sempre tem peso nos debates televisivos. Ciro, Marina e Alckmin levaram vantagem, mas Bolsonaro não ficou tão atrás.
6) Guilherme Boulos (PSOL) tem a fala mais compreensível às classes populares e à juventude, deve ser o mais competitivo candidato da história do PSOL. Mas às vezes parece a caricatura de um jovem Lula. Espera-se que não seja de propósito.
7) Quem esperava algo de Álvaro Dias (Podemos) vai ter que torcer para ele melhorar muito no resto da campanha.
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8) Reli três vezes os tópicos anteriores para tentar lembrar quem eu não estava citando além do Cabo Dalciolo (Patriota). Isso diz muito sobre a participação de Henrique Meirelles (MDB).
9) Sem Fernando Haddad (PT) ou uma cadeira vazia, o PT de Lula foi esquecido. É um ônus a ser medido na estratégia dos petistas de manter o registro de um candidato que está preso.
10) … (sobre Daciolo, estou sem palavras)