O amplo acordo que tem garantido candidaturas únicas para a presidência da Assembleia Legislativa nos últimos 16 anos não se encerrou na eleição de Mauro de Nadal (MDB) para o comando do parlamento estadual na segunda-feira. Agora é a vez de concluir a engenhosa montagem da distribuição dos parlamentares dos 12 partidos com cadeiras na Casa pelas comissões, especialmente as mais visadas: Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Comissão de Finanças.

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Anderson Silva: Mauro de Nadal chegará à presidência da Alesc em segunda tentativa

A reconfiguração da distribuição do poder no parlamento estadual avança nesta terça-feira com a confirmação dos blocos partidários e dos presidentes das comissões. As atenções se voltam especialmente para CCJ e Finanças. Pela primeira, passam todas propostas em análise na Alesc para avaliação da legalidade e da constitucionalidade. Relevância que faz dela uma espécie de mini-parlamento. A Comissão de Finanças, por sua vez, analisa todas as propostas que afetem o orçamento estadual – inclusive o próprio. Nos dois primeiros anos da legislatura, o MDB comandou a CCJ com Romildo Titon e o PSDB estava à frente da Comissão de Finanças com Marcos Vieira. O tucano garantiu a continuidade no posto, enquanto a CCJ passará para as mãos do PSD, com Milton Hobus.

Com Mauro de Nadal, MDB comandará Alesc pela quinta vez

Nesta terça-feira serão formalizados os blocos partidários – espécie de coligações internas realizadas pelos partidos para aumentar as chances de conquistar espaços nas comissões. Esses arranjos pragmáticos muitas vezes criam combinações inusitadas. Maior bancada da Alesc com nove integrantes, o tradicional MDB vai formar um bloco com o Novo, que conta apenas com Bruno Souza. Sem a aliança, o deputado do Novo dificilmente conseguiria manter a cadeira na Comissão de Finanças, enquanto os emedebistas seriam suplantados pelo bloco de PSL e PL, que também soma 10 parlamentares. Com o arranjo, os emedebistas serão o único partido com direito de indicar dois integrantes em todas as comissões da Casa – levando Bruno Souza a tiracolo em algumas delas.

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Os demais blocos reúnem PSD e PSC (seis parlamentares), PSDB, PDT e Republicanos (cinco parlamentares), Progressistas e PSB (cinco parlamentares). O PT, com quatro integrantes, ficou isolado e vai ocupar as vagas destinadas às minorias. A composição garante que cada comissão terá um deputado petista – possível porque todos os partidos de menor bancada foram distribuídos em outros blocos.

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