Não é apenas com a política, especialmente a Assembleia Legislativa, que o governador Carlos Moisés reconstrói pontes e amplia o diálogo para construir o chamado novo momento do governo. Na semana que passou, a Fiesc recebeu um time de secretários estaduais para reapresentar o Programa Travessia, um ambicioso projeto de desenvolvimento industrial capitaneado pelas entidades que compõem o Conselho das Federações Empresariais (Cofem).

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O plano de metas e ações tem como mote a ideia de transformar Santa Catarina em referência mundial de desenvolvimento sustentável em uma década. Para isso, conta com a adesão das entidades que representam o PIB estadual, mas também com a parceria do governo estadual. Faz parte do Travessia a criação de um Conselho Estratégico Integrado presidido pelo governador do Estado e com o presidente da Fiesc como vice. Na composição do conselho, secretários de Estado, representantes do Confem, membros do poder público e personalidades empresariais e acadêmicas.

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Essa proposta já havia sido apresentada ano passado, mas as turbulências da pandemia e da crise política fizeram com o que o tema não avançasse. Agora, no novo momento do governo Moisés, há clima. O governador havia agendado a presença na reunião da Fiesc com os secretários – que discutiria além do Travessia projetos para a infraestrutura de transportes e na área de educação. 

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Acabou não indo por causa de uma teleconferência com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre vacinação. Mas o governo estava fortemente representado, mostrando a atenção do Centro Administrativo para com a Fiesc: Paulo Eli (Fazenda), Luciano Buligon (PSL, Desenvolvimento Econômico Sustentável), Altair Silva (Progressistas, Agricultura e Pesca), Thiago Vieira (Infraestrutura), Juliano Chiodelli (adjunto da Casa Civil), Daniella Vieira (Assuntos Internacionais), Daniel Netto (IMA) e Sérgio Laguna (PGE).

Mais íntimo do Travessia, Paulo Eli chegou a dizer que a proposta das entidades empresariais deve servir como masterplan do governo. Segundo ele, um estudo semelhante levaria pelo menos dois anos para ser elaborado e a existência desse tipo de plano é importante para obter financiamentos para projetos estruturantes. Todos os representantes do governo acompanharam o tom de elogios e incentivo à cooperação entre público e privado. Mais do que palavras gentis e promessas, Moisés e Fiesc tem tudo para selar uma aliança tão importante quanto votos de bancadas no parlamento.

Os secretários do PIB

Luciano Buligon e Paulo Eli são os secretários do PIB
Luciano Buligon e Paulo Eli são os secretários do PIB (Foto: Ricardo Wolffenbüttel, SECOM/Divulgação)

A reunião dos secretários de Moisés na Fiesc tinha uma novidade e uma certeza. A novidade era a presença do novo secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Luciano Buligon (PSL). Ele tinha boa relação com a entidade quando prefeito de Chapecó. A certeza era Paulo Eli, secretário da Fazenda, que mesmo nos momentos mais críticos da pandemia e da crise política do impeachment conseguiu ser o canal de comunicação entre Fiesc e governo. Entre eles, na foto, o procurador-geral interino Sérgio Laguna.

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