De saída do PSD, o deputado estadual Kennedy Nunes não vai acompanhar o aliado Gelson Merisio na filiação do PSDB. O parlamentar está de olho na formação do Aliança, o partido que o presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL) tenta tirar do papel até abril para que participe das eleições municipais.

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A disposição de Kennedy Nunes é ser novamente candidato a prefeito de Joinville, desta vez com o apoio do presidente da República. Em 2018, o ainda pessedista foi um dos primeiros nomes da política estadual a anunciar apoio a Bolsonaro. A construção para que integre o Aliança é feita em Brasília, onde o deputado circula como representante da Assembleia Legislativa na Unale – União Nacional dos Legisladores e Legislativos.

Ele acredita que não haverá conflito com os parlamentares de Joinville que já anunciaram que vão deixar o PSL para integrar o Aliança: o deputado federal Coronel Armando e o deputado estadual Sargento Lima. Adianta a disposição de polarizar estadualizar e federalizar a disputa – antagonizando Bolsonaro e o governador Carlos Moisés (PSL).

– Está claro que o PSL do governador vai apoiar Fernando Krelling (MDB), candidato do prefeito Udo Döhler (MDB). Vamos ver quem tem voto em Joinville, se é o Bolsonaro ou o Moisés – diz Kennedy.

Fiel apoiador de Merisio, o parlamentar foi um dos poucos que se engajou na campanha do segundo turno das eleições do ano passada contra Carlos Moisés – que acabaria vencendo com 71% dos votos.

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– Fui muito criticado naquela época, mas agora posso dizer que continuo com a mesma posição: a favor do Bolsonaro e contra o Moisés – diz Kennedy.

Além do Aliança, o parlamentar mantém conversas com o DEM e com o Republicanos (ex-PRB). Diz que foi convidado por Merisio para integrar o PSDB, mas descarta.

– Não acho bom colocar todos os ovos na mesma cesta.