O senador Dário Berger não vai disputar a presidência do MDB de Santa Catarina. Em conversa no início da noite de quinta-feira, o emedebista disse que mantém a disposição de assumir o comando do partido no Estado, mas que só o fará se ele for um nome de consenso.

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Faz quase um mês que o senador anunciou ter aceitado o desafio de presidir o partido diante de apelos recebidos como maior liderança da sigla após os resultados da eleição de outubro. O anúncio não demoveu o deputado federal Celso Maldaner, que corre o Estado desde o início do ano construindo sua própria candidatura – pelo contrário, o parlamentar conquistou importantes posições no Oeste e no Sul do Estado, além da bancada estadual. Diante desse movimento, Dário anuncia que em disputa não entra.

– Jamais disputarei uma convenção, seja com Celso Maldaner ou quem quer que seja. Se o MDB deseja que eu seja o presidente do partido para tentar buscar uma reconstrução da sua história e da sua origem, essa condição tem que ser por consenso.

O senador mantém a avaliação de que o partido precisa apostar na unidade das lideranças e no resgate das bandeiras históricas do partido para reagir às perdas registradas nas últimas eleições. Segundo ele, é inegável que o eleitor catarinense rejeitou as práticas do MDB. Diz estar disposto a assumir a responsabilidade.

– Muito entendem que nós meu nome é capaz de unir o partido e evitar uma debandada de candidatos a prefeito e vereador que já demonstraram interesse em deixar o partido se não tivermos uma nova filosofia de ação, uma nova política – diz Dário.

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A contundente fala do senador talvez seja o último gesto prático para assumir a presidência estadual do MDB. A tradição do partido é a disputa e não há sinais de que Maldaner vai abrir mão da candidatura que cresceu nas últimas semanas. Assim, a fala de Dário pode acabar se tornando uma deixa para deixar a disputa – abrindo espaço para o deputado federal Carlos Chiodini representar seu grupo interno na convenção.

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