A distribuição dos exércitos eleitorais entre as coligações lideradas por Gelson Merisio (PSD) e Mauro Mariani (MDB) ganhou tons de equilíbrio – com pequena vantagem para o emedebista – em número de prefeituras e tempo no horário eleitoral. Essa mesma proporção se repete quando se analisa o comando dos maiores colégios eleitorais do Estado.
Continua depois da publicidade
Formalmente, haveria uma empate entre as dez maiores prefeituras catarinenses. Três delas estão nas mãos do MDB e duas nas do PSDB, principais siglas da aliança de Mariani. Três são do PSD e duas do PSB, partidos que apoiam Merisio. No entanto, as nuanças da política fazem essa conta pender para o lado do emedebista mais uma vez. Terceiro maior colégio eleitoral, Blumenau é governada por Mario Hildebrant (PSB) desde abril, quando Napoleão Bernardes (PSDB) renunciou para ficar apto a concorrer em outubro. Aos 45 minutos do segundo tempo, Napoleão virou vice de Mariani e o candidato do MDB herdou essa máquina. Logo que assumiu, Hildebrant garantiu fidelidade ao projeto do tucano de quem herdou o cargo – e vem reiterando essa posição. Segundo o pessebista, essa possibilidade já estava acertada com o presidente estadual do PSB, Paulo Bornhausen.
Com isso, Mariani tem em seu portfólio as três maiores cidades do Estado – incluindo a Joinville de Udo Döhler (MDB) e a Florianópolis de Gean Loureiro (MDB). Inclui nesse time a prefeitura tucana de Criciúma, com Clésio Salvaro, e a Jaraguá do Sul de Antídio Lunelli (MDB). Nas dez mais, Merisio tem São José (Adeliana Dal Pont, do PSD), Chapecó (Luciano Buligon, do PSB), Lages (Antonio Ceron, do PSD) e Palhoça (Camilo Martins, do PSD).
O engajamento desses prefeitos será fundamental no processo eleitoral e no sucesso das candidaturas de Mariani e Merisio- assim como eventuais dissidências, trocas de lado, comuns em toda eleição. Nos bastidores serão trabalhadas as diferenças internas entre lideranças que possam levar a neutralidades ou mais do que isso.
Quando o levantamento é ampliado para os 20 maiores municípios, o equilíbrio continua – cinco prefeituras para cada coligação. As características do Estado tornam esse corte muito interessante, porque praticamente metade do eleitorado vive nessas cidades. A outra metade está em municípios de menos de 70 mil habitantes, mais sujeitos à velha rivalidade entre PMDB e PDS – hoje transmutada em MDB e PSD/PP. É claro que toda as projeção depende da popularidade dos prefeitos junto ao próprio eleitorado e do humor com que eles vão para as campanhas.
Continua depois da publicidade