Embora muita gente ainda vá vestir a camiseta do partido em formação, vai ficando claro que o núcleo duro do Aliança pelo Brasil em Santa Catarina será formado mesmo pelos dissidentes do PSL eleitos em 2018. Isso ficou claro no primeiro encontro estadual da futura legenda, no último sábado, quando foram eles que deram o tom do evento – a começar pela vice-governadora Daniela Reinher, praticamente uma mestre de cerimônias.
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Além dela, estavam os deputados federais Caroline de Toni, Daniel Freitas e Coronel Armando e os deputados estaduais Felipe Estevão, Jessé Lopes e Sargento Lima. Ausente por recomendação jurídica, a deputada estadual Ana Campagnolo também pode ser incluída no time. Entre os sem mandato, destaque para a advogada e jornalista Júlia Zanatta (PL), pré-candidata a prefeita de Criciúma – fortalecida pela proximidade com a família Bolsonaro, especialmente o deputado federal Eduardo Bolsonaro.
É desse grupo que devem sair os rumos do partido no Estado, especialmente após as eleições municipais, quando ele deve efetivamente ser constituído. Por enquanto, os candidatos às eleições municipais se abrigam em legendas hospedeiras – a maioria no PL de Jorginho Mello, mas também estão de portas abertas o Republicanos e o Patriota.
Assim, os nomes da política catarinense vestem camisas azuis e anunciam aos quatro ventos que irão para o Aliança podem até um dia entrar, mas estão fora das articulações. Nenhum deles estava no encontro do partido no sábado. O grande momento do encontro, realizado em um hotel em Florianópolis, foi a videochamada de cerca de oito minutos em que o presidente Jair Bolsonaro conversou com o público presente – em ligação realizada pelo publicitário do Aliança, Sérgio Lima.
Bolsonaro agradeceu a confiança de seus militantes, garantiu que virá a Santa Catarina em breve e lembrou que foi aqui no Estado que primeiro liderou pesquisas eleitorais. Disse que com o Aliança “vamos formar um partido que será nosso, de todos nós pessoas de bem do Brasil”.
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– Tem muito trabalho pela frente, muito obstáculo a ser removido, mas tenho certeza de que no final a vitória chegará para todos nós brasileiros – disse o presidente à plateia que gritava “mito”, “eu te amo” e outras louvações.
Ao fim da fala, conclamada pelos bolsonaristas a vice-governadora Daniela, que pediu ao presidente que convocasse os presentes para as manifestações de 15 de março contra o Congresso Nacional e o STF. Escaldado pela repercussão causada por ter compartilhado um vídeo sobre o tema em redes de Whatsapp, Bolsonaro disse que estava com problema no som e evitou a resposta – para gargalhada geral – atendendo aos acenos do publicitário Sérgio Lima.
