A experiência de governo sem base aliada consolidada no parlamento teve início da tarde desta quarta-feira, quando foram a plenário os primeiros vetos do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) a projetos aprovados pelos deputados do final da legislatura passada. Foram analisadas três propostas, nenhuma de maior impacto, e o saldo foi razoavelmente positivo: apenas um veto foi derrubado no plenário.

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Sem número definido – a rigor, contam-se apenas os seis deputados do PSL e os três do PR como base governista – o time do Centro Administrativo entrou em campo desfalcado de seu capitão. O líder do governo, Onir Mocellin (PSL), preferiu acompanhar a visita do governador Carlos Moisés a Blumenau, assim como o líder da bancada pesselista, Ricardo Alba, que tem base na cidade. Assim, coube ao experiente Maurício Eskudlark (PR), vice-lider do governo, fazer a defesa dos vetos.

O deputado do PR cumpriu seu papel com afinco, defendendo as posições do governo estadual. Teve um reforço: o secretário da Casa Civil, Douglas Borba, passou o dia na Assembleia fazendo visitas aos parlamentares. A ideia era visitar os gabinetes dos 32 deputados presentes, mas conseguiu apenas metade – deve continuar hoje. Nas conversas, fez a defesa dos vetos.

Além disso, Borba disse que o governo começa a pagar no segundo semestre as emendas impositivas apresentadas pelos deputados ao orçamento deste ano – uma conta de R$ 240 milhões ou R$ 6 milhões por parlamentar. As emendas do orçamento de 2018, ignoradas pelo ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB), continuam fora da pauta.

Se a base governista ainda não se organizou, também não há uma oposição a Carlos Moisés realmente constituída. Com exceção, claro, a Kennedy Nunes (PSD) – que protagonizou com Bruno Souza (PSB) um divertido debate à parte sobre decisões políticas ou técnicas.

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Antes que eu esqueça: a Assembleia manteve os vetos às propostas que vinculavam recursos para os Jogos Universitários e o que obrigava o uso dos dinheiro resultante da extinção da Cohab em política habitacional – faltaram três votos apenas. Os deputados derrubaram o veto à proposta que proíbe a produção de mudas e o plantio da Spathodea campanulata – planta tóxica às abelhas.