Procure a expressão “Santa Catarina” nas cinco páginas do plano de governo do candidato a governador Ângelo Castro, do PCO. Poupo seu trabalho, leitor: não há. Apresentado com atraso, após cobrança da Justiça Eleitoral, o plano de governo de Castro é igual ao de Priscila Ebara, candidata a governadora do Paraná e de outros nomes do PCO que disputam o cargo em outros Estados.

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A falta de ideias claras e o despreparo do candidato ficou clara nesta terça-feira no Jornal do Almoço – na linha da colega paranaense que virou meme de internet com uma sabatina semelhante. Laine Valgas e Mario Motta fizeram seus papéis e tentaram extrair o possível em constrangedores 20 minutos de entrevista. Quase nada

Desde que foi criado, o PCO sempre disputou eleições presidenciais. Este ano, o partido apoia nacionalmente o PT e lançou-se em diversos Estados apenas para defender a liberdade do ex-presidente Lula e a tese de que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe. Uma estratégia de confronto que libera o próprio PT para um discurso mais light. O despreparo flagrante dos candidatos do PCO faz da estratégia é um verdadeiro tiro no pé e um desserviço à democracia.

Não há problema na participação de pequenos partidos de forte carga ideológica no debate eleitoral. Desde que tenham o que dizer. Leonel Camasão (PSOL) e Ingrid Assis (PSTU) têm, concorde-se ou não com eles. Ângelo Castro, vimos nesta terça-feira, não tem.

Veja a entrevista no G1 SC

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