O secretário estadual da Casa Civil, Douglas Borba, vai – finalmente – filiar-se ao PSL do governador Carlos Moisés. O ex-pepista chegou a anunciar o ingresso no partido em julho, na esteira da troca do comando da legenda, sob presidência estadual do deputado federal Fábio Schiochet. Depois, preferiu continuar sem filiação.

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Com o racha interno do partido e a decisão do presidente Jair Bolsonaro de deixar a sigla para criar o Aliança, Borba decidiu alistar-se oficialmente nas fileiras do governador. Assume, inclusive, a secretaria-geral do PSL-SC.

– O partido está ficando com a cara do governador. Equilíbrio, responsabilidade e resultado. Este tripé é o lema do novo PSL de Santa Catarina – diz Borba, que deve se filiar ainda esta semana.

O movimento avança a divisão interna da sigla. Dos quatro deputados federais e seis deputados estaduais eleitos pelo PSL em outubro do ano passado, apenas Schiochet não manifestou desejo de acompanhar o presidente Bolsonaro em sua nova legenda.

– Continuamos apoiando o presidente Bolsonaro, que faz um governo reformista. Nosso discurso não mudou, o que mudou é que o presidente escolheu sair do partido – diz Borba.

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O futuro secretário-geral do PSL-SC não quis comentar como será a convivência com os pessedistas dissidentes até a formação oficial do Aliança. Borba diz que a meta é avançar na construção do PSL para as eleições do ano que vem, inclusive com a filiação de prefeitos considerados alinhados.

– O PSL continua sua construção independentemente dos parlamentares que manifestaram desejo de deixar o partido.

A conversa com Borba aconteceu durante a vistoria das obras da Ponte Hercílio Luz em que o governador Carlos Moisés recebeu a imprensa para detalhar como será a reinauguração do equipamento dia 30 de dezembro. Perguntado se era mais fácil terminar a Hercílio Luz ou unificar o PSL, Moisés riu e evitou a resposta:

– Essa eu vou deixar para depois. Vamos falar de coisa boa hoje.