Vou brincar de vidente aqui e prever uma das próximas tensões envolvendo bolsonaristas e moderados no PSL catarinense. Será na definição das candidaturas do partido nas principais cidades do Estado e participação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) nesses palanques.
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Por enquanto, estes movimentos aqui no Estado estão nas mãos do governador Carlos Moisés e do presidente estadual da sigla, o deputado federal Fábio Schiochet. No momento, pesquisas estão sendo realizadas em busca de quem tem melhores condições para ostentar o mágico 17 nas eleições para prefeituras de peso. Os diretórios municipais foram dissolvidos e serão recompostos privilegiando nomes mais afinados com o governo.
Seguindo uma campanha nacional de filiação, o PSL recebeu 15,7 mil pedidos de adesão – hoje são 3,7 mil. Esses registros ainda precisam ser confirmados pela Justiça Eleitoral, mas deixam clara uma disposição de compor uma base organizada e um enxame de pré-candidatos. A verificar, a feição dessa adesão – mais Bolsonaro ou mais Moisés.
A tendência, pela dimensão que tem e pela votação ano passado, é de que Bolsonaro seja ainda o engajador. É aí que entra o provável fator de tensão – motivo desta previsão. Em recente churrasco com jornalistas, o presidente disse que quer a palavra final sobre as candidaturas a prefeito nas principais cidades.
– O partido local vai ter sua participação, mas a palavra final vai ser nossa. Se não quiser, não tem problema nenhum. Não entro na campanha daquele município – disse Bolsonaro.
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