O destino partidário do presidente Jair Bolsonaro, que deixou o PSL no final de 2019, deve ser decidido em março deste ano. A informação é do deputado federal Coronel Armando (PSL), que na segunda-feira será anfitrião da visita do candidato a presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) a Florianópolis.
Continua depois da publicidade
– Passando a eleição para as presidências da Câmara e do Senado, o presidente vai definir em março a filiação – afirma o deputado federal catarinense.
Armando apoia Lira, que é o candidato de Bolsonaro na disputa pelo comando da Câmara – onde deve se contrapor a Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado pelo atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) e por partidos de esquerda como PT e PDT. Em Florianópolis, ele ainda tenta confirmar um encontro com o governador Carlos Moisés (PSL) no final da tarde. No início da noite, reúne-se com apoiadores na bancada federal catarinense. Lira vem a Santa Catarina exatamente uma semana após a visita de Baleia Rossi.
Maior partido na bancada federal catarinense, o PSL ainda vive os efeitos da divisão entre o grupo bolsonarista e o ligado ao presidente nacional do partido, Luciano Bivar (PSL-PE, deputado federal. Oficialmente, a sigla apoia Baleia Rossi. No entanto, dos quatro pesselistas catarinenses, três estarão com Lira – Caroline de Toni e Daniel Freitas, além do próprio Armando. Com Baleia, está Fábio Schiochet, presidente estadual do partido.
A definição das presidências da Câmara e do Senado é vista como vital por Bolsonaro e seus apoiadores, que creditam a Rodrigo Maia as dificuldades de pautas temas ligados ao bolsonarismo no Congresso.
Continua depois da publicidade
– Eu acho o Baleia um candidato preparado, o problema é a aliança dele com o Rodrigo Maia e os partidos de esquerda. Por isso estamos compondo com o Lira – afirma Coronel Armando.
Embora sejam os dois principais nomes na disputa pelo comando da Câmara, a sinalização é de que haja disputa em dois turnos com o lançamento de outras candidaturas. Depois das eleições no Congresso, Bolsonaro deve acelerar as tratativas para filiação a uma nova sigla. Como o projeto de criação do Aliança pelo Brasil não avançou, ele estuda convites de partidos estabelecidos como o Progressistas – legenda em que esteve por 11 anos e que deixou quando decidiu concorrer à presidência da República -, PTB, Republicanos e Patriota.
– Estamos todos aguardando a decisão do presidente e a intenção é segui-lo. Claro que dependendo do partido podem existir complicações regionais – afirma Armando, que é um dos deputados do PSL com atividades partidárias suspensas pelo diretório nacional após o racha do partido.
Receba os textos, lives, podcasts e comentários na tevê de Upiara Boschi no Telegram clicando no link: https://t.me/upiaransc.
Continua depois da publicidade
Para receber no WhatsApp, é só clicar em https://bit.ly/3hJOi9y