O senador Esperidião Amin diz que antigamente sofria mais quando uma liderança deixava o Progressistas. Que fica triste, mas que se orgulha de constatar que o antigo PDS – cujas sucessivas trocas de nome levaram até a atual legenda – é a “maior escola política de Santa Catarina”. Amin se referia às perdas que o PP sofreu na safra dos vereadores eleitos em 2016 e que hoje estão no PSL.

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O deputado federal Daniel Freitas e o deputado estadual Ricardo Alba estão nesse time, de que também faz parte a ex-suplente de vereadora e hoje deputada federal Caroline de Toni. O senador credita essas perdas ao bolsonarismo de Daniel e Caroline e à questões locais no caso de Alba. Diz que prefere olhar o futuro e por isso olha com atenção a possibilidade de que os vereadores recordistas de votos em 2016 – Pedrão Silvestre em Florianópolis e Lucas Neves em Lages – deixem o PP para concorrerem a prefeito em outras legendas, tema da coluna de sexta-feira que motivou uma longa conversa com o senador.

Em Florianópolis, os progressistas chegaram a um acordo que, no mínimo, posterga o impasse. O advogado Alessandro Abreu foi escolhido para presidir o partido na Capital. Pedrão e o deputado estadual João Amin continuam sendo os pré-candidatos à prefeitura, em acordo para que quem estiver em melhores condições será o escolhido em 2020. 

Amin diz que não participou do acordo, mas celebra o entendimento. Diz que os 11,1 mil votos que Pedrão recebeu em 2016 quando se reelegeu vereador o credenciam a pleitear a candidatura a prefeito e que ele terá condições de viabilizar isso no PP. 

Sobre Lages, o senador também diz contar com a permanência de Lucas Neves, que estaria de malas prontas para o Podemos. Amin ressalta que além de ter sido o vereador proporcionalmente mais votado em 2016, ele ratificou a popularidade quando concorreu a deputado estadual ano passado e foi o segundo mais votado em Lages. A questão na cidade serrana é que o partido apoia o prefeito Antonio Ceron (PSD), cujo vice é o progressista Juliano Polese. 

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— Em Lages ainda não sabemos se Ceron será candidato a reeleição. Se for, o partido vai decidir se renova ou não o apoio. Se decidir não renovar, nosso candidato é o Lucas – diz Amin, ressaltando também que o vereador precisa construir a candidatura junto às lideranças locais.

Apenas em março do ano que vem abre a janela para que vereadores possam trocar de partido sem perder os mandatos. Para reter suas duas promessas, o PP precisa usar essa tempo a favor.

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