Qual é a próxima batalha do governo Carlos Moisés (PSL) na Assembleia Legislativa? Provavelmente, a mais recente. A taxação dos agrotóxicos tem tudo para continuar movimentando o parlamento, mesmo com o acerto para que a isenção permaneça até o final do ano e que após esse prazo seja adotada a chamada tributação verde – que varia as alíquotas de acordo com a toxicidade do defensivo agrícola.

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A medida provisória com os termos do acerto entre Moisés e as entidades ligadas ao agronegócio na quinta-feira passada está em tramitação na Alesc. Como as entidades continuam resistentes – e têm muita ascendência sobre o parlamento – veremos mais uma vez a capacidade do Centro Administrativo de implementar sua agenda no Legislativo.

Nesse embate, ficará mais clara a disputa interna do PSL catarinense, com a ala bolsonarista puxada por Ana Campagnolo e Jessé Lopes. Circulam nas redes sociais e de Whatsapp textos contrários ao modelo de taxação – um deles, intitulado “O verde é o novo vermelho”. Assim a corda deve continuar esticada.

E a ajuda a Moisés vem do lado oposto. Na sessão de ontem, o deputado estadual petista Padre Pedro Baldissera foi à tribuna defender a MP e a posição do governador – inclusive questionando os cálculos da entidade que estimam aumento de custo dos produtos em até 150%. Segundo o petista, de acordo com técnicos agrônomos e produtores que procurou, o impacto chega a 1,75% – ou 4,51% no caso da soja.

– Há um impacto, ele precisa ser mensurado e debatido, mas dentro de uma realidade, e não a partir do desejo de quem defende uma ideia.

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