A política catarinense gosta de guardar surpresas até os últimos momentos de definições das candidaturas a governador, mas este ano está se superando neste quesito. Faltam três meses para as convenções e cinco para a disputa na urna e ainda não há um postulante que não conviva com um ponto de interrogação.

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Ao mesmo tempo, em termos de composições partidárias, o cenário vai clareando. Está cada vez mais difícil imaginar que PSD e PP não estarão juntos em outubro, rompendo o ciclo histórico da aliança dos pessedistas com o PMDB, simbolizado na antiga chapa de Raimundo Colombo e Eduardo Pinho Moreira. Se o deputado estadual Gelson Merisio (PSD) for candidato, um bolo de siglas pequenas e médias entra nessa turma: PSB, PDT, PRB, Solidaridade, etc. Se o candidato for Esperidião Amin (PP) o bloco tende a diminuir.

Outro bloco vai se formando ao redor do PMDB. O partido ainda não bateu o martelo sobre a reeleição de Pinho Moreira ou a pré-candidatura de Mauro Mariani, mas já é possível ver uma aliança. O PTB está certo, o PR de Jorginho Mello parece próximo, assim como o PPS de Carmen Zanotto. Se vier o DEM de João Paulo Kleinübing, a chapa ganha peso suficiente para prescindir do PSDB.

Os tucanos têm a pré-candidatura do senador Paulo Bauer colocada na rua, mas ainda são considerados a grande dúvida do cenário. São cobiçados pelos peemedebistas, que acenam com as vagas de vice-governador e senador. São apontados, também, como opção pelo grupo do PSD que não acredita em Merisio – numa aliança encabeçada por Bauer. Isolados, os petistas fecham o bloco composições com as pré-candidaturas do deputado federal Décio Lima e do desembargador aposentado Lédio Rosa de Andrade. Como disse antes, não se tem certeza sobre o nome de nenhum general, mas os exércitos estão mostrando a cara.

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