Maior partido de Santa Catarina, o MDB não entrou no governo de Carlos Moisés (PSL). Não estranhe a frase, leitor. Na quarta-feira foi confirmado o sim do deputado estadual Luiz Fernando Vampiro (MDB) ao convite do governador para assumir a Secretaria de Educação, após dias de um suspense desnecessário. Nos próximos dias, nomes emedebistas devem ser confirmados no comando da Fesporte, da Defesa Civil e o Instituto do Meio Ambiente (IMA). Mas não, não foi o MDB que entrou no governo Moisés.

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Upiara Boschi: Moisés abre governo para maiores partidos de SC e aposenta a nova política

Quem está aderindo e indicando postos no governo estadual é a bancada emedebista na Assembleia Legislativa. O partido – inclua aí a bancada federal, dirigentes, prefeitos, antigos caciques, os históricos – apenas observa um movimento que não tem condições de vetar. A coalizão para o chamado novo momento da gestão Moisés é um alinhamento que se dá através das bancadas, não dos partidos. Vale quase a mesma lógica para a adesão do Progressistas, consumada recentemente com a posse do deputado estadual Altair Silva na Secretaria de Agricultura.

Renato Igor: MDB no governo Moisés: novo momento, de coalizão, diz presidente do partido

A bancada emedebista na Alesc talvez viva seu momento de maior independência perante outras regiões da geografia emedebista. Sobreviveu à redução que as urnas impuseram ao partido em 2018 e 2020, mantendo nove deputados estaduais. Ganharam força com a implantação das emendas impositivas também no orçamento estadual. Não tem um governador ou vice-governador do partido para impor um norte. E, especialmente, descobriram o peso que tem a unidade de ações da bancada. Na segunda-feira, Mauro de Nadal assume a presidência da Alesc e dá mais força a essa momento da bancada.

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O MDB assiste ao movimento que não pode brecar. Celso Maldaner, presidente estadual do partido e deputado federal, deixou claro em entrevista ao colega Renato Igor no CBN Total que a decisão de integrar o governo é da bancada. Evita um confronto inútil e aguarda a possibilidade de ter o apoio dos deputados estaduais para permanecer no comando do partido na disputa que será realizada este ano. Também pretendente ao posto, o deputado federal Carlos Chiodini acredita que o partido não ganha nada com correligionários no governo. Quer a construção de um nome do MDB para 2022, que poderia ser Antídio Lunelli, prefeito reeleito de Jaraguá do Sul. Quanto antes, melhor.

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