“É um dos dias mais felizes da minha vida”, diz o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) ao telefone, ainda comemorando a absolvição da acusação de ter recebido dinheiro em caixa dois da empreiteira Odebrecht nas eleições de 2010 e 2014, quando foi eleito e reeleito para comandar Santa Catarina, como informou o colega Anderson Silva.
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– É uma decisão que me conforta profundamente, é um dos dias mais felizes da minha vida porque resolve um problema que tava me fazendo sofrer muito. O tempo vai acalmando a gente, mas houve época em que tinha vergonha de ir nos lugares, porque é algo muito duro – disse o ex-governador sobre o caso iniciado em 2017, quando ex-executivos da Odebrecht afirmaram em delações premiadas que haviam contribuído com as campanhas do pessedista pelo interesse na privatização da Casan.
Colombo sempre negou que tivesse recebido dinheiro da Odebrecht, além de ressaltar que não privatizou a estatal de água e saneamento. Em março de 2018, a Procuradoria Geral da República entendeu que se denúncia deveria se restringir a um possível crime eleitoral de caixa dois, por não haver elementos de que Colombo teria recebido recursos em troca da venda da Casan – assim expliquei na época. Agora, coube à juíza eleitoral de Florianópolis, Margani de Mello, rejeitar a denúncia do Ministério Público. Ela disse que não há provas concretas nem mesmo de que o ex-governador tenha recebido dinheiro da empreiteira para as campanhas e que “não há como rebaixar o padrão probatório mínimo e condenar o acusado com base em assunções e suposições, sob pena de deslegitimar o processo penal e as garantias constitucionais”.
Afirmando estar mais leve com a decisão anunciada nesta quinta-feira, Colombo diz que pretende retomar a carreira política. Ele foi candidato ao Senado em 2018, quando terminou a disputa em quarto lugar. Questionado sobre o pedido de impeachment contra o governador Carlos Moisés (PSL), deflagrado na quarta-feira, o pessedista afirmou que “uma das coisas mais bonitas da democracia é o voto”, mas entende que a atual gestão perdeu as condições de governar”.
– O impeachment está na lei, é um instrumento das instituições para proteger a sociedade. O governo perdeu as condições de governar, ele está omisso, sem rumo. Não tem líder do governo, não tem secretário da Casa Civil. É um negócio que não tem como passar mais dois anos passando por isso.
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