A disputa pela 16ª cadeira catarinense na Câmara dos Deputados ainda não acabou. Um parecer do Ministério Público Federal, assinado pelo sub-procurador geral Mário Ferreira Leite, renovou as esperanças de João Rodrigues (PSD) em reassumir a vaga que hoje é ocupada por Ricardo Guidi (PSD). Pela primeira vez, o órgão corrobora a tese sobre a prescrição da condenação do ex-deputado, com efeitos retroativos a antes do período de registro das candidaturas.

Continua depois da publicidade

João Rodrigues tentou a reeleição como deputado federal mesmo depois de passar cinco meses preso e ainda sob os efeitos da condenação a cerca de cinco anos de prisão por supostas irregularidades na compra de uma retroescavadeira quando era vice-prefeito de Pinhalzinho, no início de sua trajetória política. Concorreu sub judice, recebeu 67,9 mil votos que seriam suficientes para a reeleição, mas acabou impedido de ser diplomado em novembro e empossado em janeiro por causa da Lei Ficha. Há cerca de três semanas, Rodrigues sofreu mais uma derrota na tentativa de validar o registro, quando Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou mais um recurso do pessedista. Com isso, todas as fichas ficaram concentradas na tese agora aceita pelo subprocurador geral. Em seu parecer de quatro páginas, ele pede “o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva estatal em sua modalidade retroativa”. O recurso de Rodrigues tramita no Superior Tribunal de Justiça.

O caso do catarinense tornou-se emblemático por ele ser o primeiro político preso após o ex-presidente Lula. Pagou a mais por essa coincidência. Resta saber se ela ainda terá peso quando o caso for analisado pelos ministros. Mas o parecer do MPF é um sinal positivo para Rodrigues, ruim para Guidi. A novela terá mais capítulos.

Leia também:

João Rodrigues sofre nova derrota no TSE

Continua depois da publicidade

O futuro de João Rodrigues