— O cenário das coligações voltou ao ponto em que estava quarta-feira passada. Nada definido — brinca o pré-candidato a governador Gelson Merisio (PSD).
Continua depois da publicidade
A quarta-feira citada pelo pessedista tinha um cenário que se desenhava para um acordo entre ele e os pré-candidatos Esperidião Amin (PP) e João Paulo Kleinübing (DEM), e que se desmanchou dois dias depois com os rumores de uma intervenção nacional do PSDB em favor do pepista. Os tucanos locais reagiram pela pré-candidatura do senador Paulo Bauer, as conversas refluíram e chegaremos ao início do prazo oficial das convenções partidárias, amanhã, com muitos nós a serem atados.
Isso não significa que esteja tudo aberto. Merisio, por exemplo, confirma sua candidatura ao governo no sábado com uma festa suprapartidária. Serão 11 convenções de siglas hoje alinhadas a seu projeto realizadas quase ao mesmo tempo e confluindo para a assunção do pessedista. Será um verdadeiro Ocupa Alesc, com o evento do PSD no plenário, o do PDT no auditório Antonieta de Barros, o do PSB no plenarinho, o do Pros na sala de imprensa, o do PSC na sala das comissões e do PRB na laje. Fora do parlamento, por falta de espaço, serão as convenções de PRB, Solidariedade, Podemos, PRP, PHS e PCdoB – este praticamente acertado na composição.
Mais uma vez, Merisio concentra esforços para mostrar a solidez de seu projeto – mesmo sem ainda poder confirmar o PP, aquele que seria o aliado preferencial. Das 11 convenções, saem fechadas as candidaturas dele ao governo e do ex-governador Raimundo Colombo (PSD) ao Senado. O resto vai depender das conversas que prosseguem.
Confirmado Merisio, o cenário avança na direção das múltiplas candidaturas. Os tucanos irão com Bauer, mesmo que em chapa pura. Não há mais tempo, disposição ou discurso para justificar a mudança de rota. O MDB confirma o deputado federal Mauro Mariani no dia 4 de agosto, sem margem para disputa interna ou externa. Os petistas também só precisam oficializar o deputado federal Décio Lima (PT). Dos maiores partidos, falta saber para onde – e como – vão Amin e Kleinübing. São os alvos das conversas. Dias desses, Amin lembrava a origem política comum dele, de Kleinübing, de Merisio e de Bauer, o antigo PDS.
Continua depois da publicidade
— É uma conversa com todas as intransigências de uma reunião familiar. Ninguém é estranho a ninguém. Todos já estiveram juntos e contrapostos. Somos especialistas em entendimento e em desentendimento — brincou o pepista.
Leia também
Tucanos reagem por Bauer; Colombo diz que Merisio será candidato se quiser
Rumor de intervenção nacional no PSDB embaralha composições
Merisio, Amin e Kleinübing afinam discurso, mas definição da chapa fica para sexta-feira