Na próxima sexta-feira, Eduardo Pinho Moreira (PMDB) reviverá uma cena de quase 12 anos atrás — com semelhanças e diferenças marcantes. O peemedebista estará na Assembleia Legislativa para assumir oficialmente o cargo de governador do Estado, assim como aconteceu em 6 de julho de 2006, por causa da renúncia do titular.
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A maior semelhança será a discrição da cerimônia. A festa da posse, embora informal, aconteceu em fevereiro — quando caravanas de peemedebistas de todo o Estado e lideranças de diversos partidos viram o governador licenciado Raimundo Colombo (PSD) entregar-lhe o cargo e a caneta. Desta vez, o evento deve contar com secretários estaduais e parlamentares, mas a ideia não dar-lhe maior conotação de evento político.
Em 2006, foi parecido. Reportagem do Diário Catarinense na época dizia que “o PMDB evitou transformar a posse de Eduardo Pinho Moreira em um ato político-partidário”. Presente, o então governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) sequer falou após a renúncia. O governador que assumia deveria ser discreto ao longo dos 179 dias de mandato que herdava – os holofotes eram de Luiz Henrique, candidato à reeleição.
Acabam aí as semelhanças entre aquele 6 julho e este 6 de abril — ambos sextas-feiras. Para viabilizar sua candidatura ao governo, Pinho Moreira vai aparecer muito. Precisa mostrar estilo, prioridades, ter um projeto para defender na urna. Além disso, precisa costurar uma aliança política que lhe garante o apoio dos peemedebistas em convenção. Os gestos serão todos feitos. Na quinta-feira, é provável que esteja presente na renúncia do prefeito blumenauense Napoleão Bernardes (PSDB) — nome cotado para vice se os tucanos desistirem da candidatura própria. No sábado, deve ir a Lages, no festa preparada pelos pessedistas da região para Colombo.
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