Obrigado, meu Deus! Já imaginaram se a luz do sol dependesse de um parecer da Comissão de Orçamento do Congresso?
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Do pagamento de imposto ao “Astro-Rei”? De um despacho do presidente do Suprema Corte de Haia? De um relatório da Comissão Executiva de algum partido político? Ou de um “estudo de impacto ambiental do Ibama”?
O mais provável é que a humanidade ficasse sem sol. E, sem a luz do astro que nos garante a fotossíntese , a história da humanidade teria sido outra .
Faltaria tudo , até mesmo aquela primeira luz da Criação de que nos fala a Bíblia: “No começo era o Verbo”. E Deus disse: “Fiat Lux!”
A vida sobre a face da Terra seria bem diferente. Não teria havido Adão, nem Eva. Nem vida , nem células clorofiladas, nem irradiações químicas de oxigênio puro , mediante o sugar da coroa das flores belo bico alongado dos colibris .
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Faltaria alternativa a Leônidas das Termópilas – pois , sem sol , não seria possível combater à sombra…
E Yuri Gagárin, o astronauta pioneiro – que , naquele tempo , já torcia pelo Avaí – não teria pronunciado aquela frase histórica e eterna :
– A Terra é azul …
Sem a luz do sol , a Terra seria escura. Sol , assim como beleza , é quase tão fundamental quanto “honestidade” para o sucesso de uma boa democracia . Sem o sol da dignidade e da honradez , ficamos dependendo “daquela emenda do Orçamento ”…
O sol costuma ser um agente da felicidade humana , sem professar ideologias ou privilegiar classes. Era só chegar o fim de semana e – pronto! O sol buscava o biombo das nuvens carregadas, desaparecia, tomava Doril – só para ressurgir , glorioso , numa manhã de segunda-feira útil – e, portanto , inútil para o lazer do povão…
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O astro tinha uma espessa influência sobre Ernest Hermingway, por exemplo . Em “Paris é uma Festa ”, o escritor confessa sua submissão ao elixir solar :
– Quando a Primavera chegava, mesmo que fosse uma falsa Primavera , nossos problemas desapareciam, exceto o de saber onde se poderia ser mais feliz…
Paris era a “Moveable Feast”, mas Hemingway, Scott Fitzgerald, Dos Passos e outros escritores da “ Geração Perdida”, perdiam o humor e a criatividade no “hiver” incolor de Saint-Germain-de-Prés e Montmartre.